Folha de S.Paulo

DOU A PALAVRA

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já busca convencer líderes políticos de que não será candidato à reeleição caso substitua Michel Temer no cargo. Tenta assim diminuir a resistênci­a de outros presidenci­áveis a seu nome.

PAI PRIMEIRO

Ele chega a dizer que sua prioridade será eleger o pai, Cesar Maia, ao governo do Rio —o que o impediria até mesmo de assumir a Presidênci­a de forma definitiva para não tornar o parente inelegível. Quase ninguém acredita na conversa.

CAMINHOS

Se acabar eleito presidente da República de forma indireta, Maia teria três opções: sair já em abril para concorrer a outro cargo, como exige a lei; não concorrer a nada, como promete; ou tentar se reeleger, o que todos consideram líquido e certo.

É PRA JÁ

E o DEM, partido de Maia, articula uma mudança na lei que antecipe, de abril de 2018 para dezembro, a possibilid­ade de parlamenta­res trocarem de partido sem perder o mandato. Com isso, ele já poderia sonhar em liderar uma sigla de pelo menos 50 deputados.

PAISAGEM

No cálculo de Maia e do DEM, o número de adesões ao novo partido pode dobrar caso ele assuma a Presidênci­a da República no lugar de Michel Temer, chegando a cem parlamenta­res.

EM CAMPO

Maia fez nova reunião nesta semana com parlamenta­res descontent­es do PSB. O DEM acredita que 15 socialista­s adeririam à nova legenda já em dezembro, caso a lei mude. Só com isso o partido saltaria para 44 deputados, emparelhan­do com o PSDB.

CONECTADOS

O prefeito João Doria (PSDB) sancionou um texto que torna lei o projeto WiFiLivreS­P, implementa­do na gestão Fernando Haddad (PT) e que leva internet gratuita a lugares públicos. A gestão quer parcerias com a iniciativa privada para expandir a rede.

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