Livro traça os enquadramentos ‘disformes’ do movimento cubista
5º volume da coleção O Mundo da Arte chega às bancas em 16/7
Para retratar uma realidade tão comum quanto violenta —o problema da fome no mundo—, a Kiwi Companhia de Teatro foi buscar aspectos da linguagem documental.
“Fome.Doc”, espetáculo que o grupo estreia nesta sexta-feira (14) no Centro Cultural São Paulo, pinça de acontecimentos reais exemplos de como a sociedade por vezes passar por processos de “desumanização”, ou seja, de relegar pessoas a condições precárias de vida.
A montagem, roteirizada e dirigida por Fernando Kinas, transita pelo extermínio de populações indígenas nas Américas, pela escravidão no Brasil, pelo Holocausto na Europa e por formas de colonialismo no Oriente Médio, na África e na América Latina.
Em cena, os atores Fernanda Azevedo e Renan Rovida passam pelos acontecimentos (acompanhados de vídeos e fotos) e discutem aspectos relacionados à terra e às formas de produção de alimentos.
A companhia, que se debruçou durante a pesquisa sobre “Brevíssima Relação da Destruição das Índias”, do frade dominicano Bartolomé de las Casas, também faz referências a obras de autores como Kafka, Shakespeare, Beethoven, João Cabral de Melo Neto, Mahmud Darwich e Carolina Maria de Jesus. QUANDO sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h; até 20/8 ONDE Centro Cultural SP, r. Vergueiro, 1.000, tel. (11) 3397-4002 QUANTO R$ 10; 14 anos
FOLHA
“O Cubismo é a arte de pintar composições novas com elementos tomados de empréstimo não à realidade da visão, mas à realidade da consciência”, definiu o poeta e crítico de arte francês Guillaume Apollinaire.
E a pintura deixou de se submeter à realidade da visão quando, nos anos 1900, Pablo Picasso e seu amigo Georges Braque passaram a fragmentar o que viam, representando a realidade a partir de pequenos cubos.
Ao dividir o tema da pintura em várias facetas —uma mulher podia ser pintada, simultaneamente, vista de frente e de perfil, por exemplo—, os cubistas mostravam na mesma tela diversos aspectos do mesmo objeto.
Essa nova forma de representação artística, que recebeu o nome de cubismo, é o tema do quinto livro da Coleção Folha O Mundo da Arte, nas bancas no domingo (16).
Durante sua existência, o movimento cubista se subdividiu em analítico e sintético. O primeiro propôs formas geométricas de cores atenuadas, enquanto o segundo buscou formas decorativas e cores mais brilhantes.
O movimento também abriu portas para outras estéticas inovadoras. O futurismo de pintores como Marcel Duchamp documentou o dinamismo de um mundo em estado de efervescência.
Já orfistas como Robert e Sonia Delaunay e Fernand Léger —professor e grande influência da brasileira Tarsila do Amaral— libertaram a arte das referências externas e se tornaram os precursores da pintura abstrata.
Em São Paulo, o Masp abriga trabalhos de importantes cubistas estrangeiros. Há quatro obras de Pablo Picasso, entre elas “Retrato de Suzanne Bloch” e “Busto de Homem”, e também “A Compoteira de Peras”, de Fernand Léger e “Roto-Relevo”, de Marcel Duchamp. Consultar o site ou SAA para informação do valor do frete
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