Folha de S.Paulo

Juiz do Havaí libera entrada nos EUA de avós de países vetados

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um juiz do Havaí decidiu nesta sexta-feira (14) que a restrição temporária à entrada nos EUA de pessoas de seis países de maioria muçulmana não pode impedir que avós e outros parentes de cidadãos norte-americanos entrem no país.

A decisão do magistrado Derrick Watson também abre a porta para a entrada de mais refugiados, em mais uma derrota jurídica para o governo do presidente Donald Trump no caso do veto.

Watson atendeu pedido do Estado do Havaí, que reivindica­va uma mudança na interpreta­ção do governo da decisão da Suprema Corte que isenta do veto parentes “com relacionam­ento verdadeiro” com americanos.

Para a Casa Branca, isso permitia apenas o ingresso de mulheres, maridos. pais, filhos, noivos e irmãos, mas barrava avós e outros parentes colaterais.

O juiz considerou a interpreta­ção do governo Trump uma “antítese do senso comum”; “O senso comum, por exemplo, dita que familiares próximos sejam definidos para incluir avós. De fato, avós são a personific­ação de familiares próximos”.

Em nota, o secretário de Justiça, Jeff Sessions, disse que o governo vai recorrer da decisão do juiz havaiano na Suprema Corte. A estratégia é evitar que a sentença desta sexta passe pela Corte de Apelações da 9ª Região, sediada em San Francisco e que recusou outras duas vezes o veto a imigrantes.

O decreto do presidente Donald Trump impede por 90 dias a entrada de imigrantes de Iêmen, Irã, Líbia, Síria, Somália e Sudão e de refugiados por 120 dias.

Ele tenta impulsiona­r a medida desde janeiro, mas foi barrado diversas vezes pela Justiça. A medida entrou parcialmen­te em vigor apenas no mês passado.

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