Nevada, nos EUA, corre para enfrentar falta de maconha recém-legalizada
DO “NEW YORK TIMES”
A maconha está fluindo novamente em Nevada, no oeste dos Estados Unidos.
Um surto de demanda por cannabis, recém-legalizada no Estado, esvaziou as prateleiras e apanhou a indústria desprevenida, provocando a ação das autoridades.
O governador republicano, Brian Sandoval, aprovou no final da semana passada medidas de emergência destinadas a aumentar o fluxo de maconha para as 47 revendas autorizadas do Estado, algumas das quais tiveram filas na porta desde que a erva passou a ser oferecida legalmente nos dispensários, em 1º de julho.
Na quarta (12) e quinta-feira (13), quando cresceram os temores de falta de maconha, os reguladores anunciaram que emitiriam as duas primeiras licenças de distribuição do produto. A diretora-executiva do Departamento Tributário disse que pedidos emergenciais poderiam ajudar a expedir mais licenças.
“Temos um produto legal, temos empresas legais”, disse ela. “Temos uma meta de favorecer esse mercado.”
A agilidade das autoridades para implementar as novas políticas sobre maconha em Nevada, Estado onde fica Las Vegas, salienta as contradições na lei e na política dos EUA em relação à erva.
O secretário da Justiça, Jeff Sessions, foi explícito em sua opinião de que a maconha é uma droga perigosa e deveria continuar oficialmente classificada com a heroína como uma substância sem valor medicinal.
Mas em Nevada o governador apoia medidas de emergência para garantir que as lojas fiquem abastecidas.
Cerca de dois terços dos Estados americanos permitem a venda de maconha medicinal, e um número crescente de Estados, como Nevada, Colorado, Massachusetts e Washington, permitem a cannabis recreativa para adultos.
A venda em Nevada foi legalizada em um plebiscito paralelo à eleição presidencial, em novembro passado.
A lei estadual prevê um imposto sobre a cannabis que representa um terço do preço no varejo. Parte da receita é destinada ao orçamento de educação do Estado.