Folha de S.Paulo

Jurista pioneira, criou importante­s leis do país

- ECLÉA BOSI - Neste sábado (15) às 10h, Capela do Colégio Santa Cruz, av. Arruda Botelho, 255, Alto de Pinheiros. JANICE DE SIQUEIRA HARVEY COSTA - Neste domingo (16) às 11h, Paróquia de S. Gabriel Arcanjo, av. São Gabriel, 108, Jd. Paulista. ADA PELLEGRIN

DE SÃO PAULO

Código Civil, de Defesa do Consumidor, de Processo Penal, entre outros. Em algumas das mais importante­s leis brasileira­s, um nome é comum, seja na elaboração ou revisão: Ada Pellegrini Grinover.

Fumante inveterada e com presença imponente, Ada se fez fez uma das mais importante­s juristas do país.

“Foi uma referência doutrinári­a. Era e ainda é citada em todos os tribunais do país, até na suprema Corte”, diz Luiz Flávio D’Urso, conselheir­o federal da OAB e ex-aluno de Ada. “Uma pioneira, que abriu caminho para muitas outras mulheres na área”.

Foi a primeira doutora formal (obteve o título após apresentar uma tese) da Faculdade de Direito da USP, em 1970, onde deu aula por décadas.

“Ada criou muito na ciência do direito processual. Era muito ativa e criativa”, diz o professor Cândido Dinamarco, que com ela escreveu “Teoria Geral do Processo”.

Atuante, deu parecer no início do mês consideran­do ilegal a gravação que resultou na denúncia contra Temer.

Participou ainda de associaçõe­s internacio­nais de direito processual e recebeu o título de doutora honoris causa da Universida­de de Milão.

Italiana, deixou a Europa com a família após a Segunda Guerra (que descreveu em “A Menina e a Guerra”), e se estabelece­u na capital paulista aos 18 —também narrou a adaptação à cidade em livro.

Além de dezenas de obras jurídicas, escreveu ainda ficção, incluindo um romance policial sobre um crime na Faculdade de Direito da USP.

Ada morreu na quinta (13), aos 84. Deixa filho e netos. Seu corpo será enterrado às 15h no Cemitério Horto da Paz, em Itapeceric­a da Serra (SP). coluna.obituario@grupofolha.com.br 6º ANO EM MEMÓRIA

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