Folha de S.Paulo

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), negou nesta quinta-feira (20)

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que tenha se internado em um spa de luxo e disse que poderia morrer se não passasse por cuidados médicos.

Em entrevista após reunião com o presidente Michel Temer, ele afirmou que se internou em uma clínica médica e que estava sem forças musculares para levantar de uma cadeira sem se apoiar. “Eu tomo uma mão cheia de remédios de manhã e outra à noite. Se eu não me cuidasse, meu médico disse que eu ia morrer. Eu cheguei a ter um nível de 304 de glicose. Se não me trato, ia morrer”, disse.

O peemedebis­ta enfrentou um câncer linfático no ano passado e anunciou estar curado em julho. Os médicos liberaram o retorno dele ao governo, mas exigiram uma carga de trabalho menor.

No início da semana, ele pediu licença de cinco dias e se hospedou no spa Rituaali, em Penedo, região serrana do Rio, considerad­o de luxo.

Um dos donos do local é Marcos Trindade, executivo da FSB Estratégia em Comunicaçã­o, que presta assessoria de imprensa ao governo. A empresa atua junto ao governo desde a administra­ção Sérgio Cabral (PMDB).

O governo afirmou não existir conflito “porque não há relação entre a clínica e os serviços prestados pela FSB ao governo”. A FSB também disse não ter relação com o spa.

“Eu não fui a um spa, mas me internei em uma clínica médica. Eu precisava de tratamento, porque tive uma doença muito séria. E saí do tratamento em outubro. Contrarian­do meus médicos, vim para a luta”, afirmou.

Ele ressaltou que em dois anos e sete meses à frente do governo, pediu licença médica apenas duas vezes, em fevereiro e agora em julho. E, em ambas, pagou o tratamento com seu dinheiro. O gasto por uma semana no local gi-

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