‘FT’ vê ‘declínios surpreendentes’ no Brasil
No alto da home page do “Financial Times”, “Unidade brasileira do Carrefour fracassa em estreia no mercado”, com seu lançamento de ações. A empresa buscava um valor entre R$ 15 e R$ 19 e “caiu 2,5%, para R$ 14,62, na abertura dos negócios”.
A queda “reflete a precaução dos investidores diante do Brasil”. O jornal justifica com “dados econômicos recentes, em que tanto as vendas no varejo quanto um indicador de atividade econômica registraram declínios surpreendentes em maio, enquanto a taxa de desemprego continuou a crescer”.
Na mesma direção, no “FT”, “a Vale revisou para baixo a orientação de produção para o seu principal negócio, minério de ferro”.
Por outro lado, a reforma trabalhista foi festejada com uma semana de atraso pela nova edição da “Economist”. A revista britânica destacou que “a reforma de Michel Temer tem dentes”, que “empregadores deram vivas quando Temer assinou”, que “os patrões estão em êxtase”.
Sutil Os jornais alemães reagiram à condenação de Lula “levantando questionamentos quanto às intenções”, diz a Deutsche Welle. Para o “Die Zeit”, “há declarações incriminatórias, mas também muita coisa que o inocenta, e nem sequer um único documento que o mostre como proprietário”. No “Süddeutsche”, “a controvérsia não envolve só a validade das provas, mas o modo de trabalho” do juiz, citando a condução coercitiva “por 200 policiais”. O “Der Tagesspiegel” diz que, se confirmada a decisão, Lula não poderá concorrer e, “dessa forma, o sutil golpe de Estado da direita no Brasil estaria completo”.
Uma guerra a outra No “Washington Post”, “Trump encerra programa secreto da CIA para armar rebeldes na Síria”. De um funcionário anônimo e desgostoso: “Putin venceu na Síria”. O “New York Times” confirmou, lembrando ser obra de Hillary Clinton. Julian Assange, do WikiLeaks, disse que o programa era um dos mais custosos da CIA e perguntou para onde vai o dinheiro. E o “NYT” deu o editorial “Evitando a guerra com o Irã”. Diz que “a última coisa que os EUA precisam é de mais uma guerra, mas o bater de tambores” de Trump e aliados sunitas pode levar o país a “tropeçar de novo numa guerra”.