Anvisa vai criar regras para cultivo de maconha medicinal
Autorização deve ser dada para empresas e universidades, afirma diretor
Agência estuda a possibilidade de associações de pacientes fazerem parcerias para obter extrato da planta
desistem”, afirma ela, que realiza estudos com a maconha e outras drogas desde 2004.
Segundo Carvalho, o ideal seria que houvesse a regulamentação também da produção para pacientes.
“Se não regularem de forma real, o paralelo ainda vai ocorrer, que é mães e pais [de crianças com epilepsia e outras doenças] continuarem plantando ilegalmente”, diz.
Visão semelhante tem Emílio Figueiredo, advogado da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas. Para ele, é preciso cuidado para que a regulamentação não seja uma “via limitada” com monopólio às empresas e sem participação da sociedade.
Barbosa diz que a regulamentação deve acelerar as pesquisas de futuros medicamentos a partir da planta. “Há empresas com interesse porque a importação é cara.”
Uma delas é a start-up Entourage Phytolab, que planeja desenvolver, em parceria com a Unicamp, o primeiro fitoterápico à base de maconha no país.
No último ano, a empresa importou 10 kg de maconha do Canadá e da Holanda para iniciar os estudos. O QUE ESTÁ EM DISCUSSÃO Ideia é, até o fim deste ano, elaborar norma para cultivo da para fins medicinais e pesquisa para viabilizar produção de extratos para uso por pacientes e medicamentos. Modelo em estudo prevê normas para que empresas e universidades possam ganhar autorização para cultivo, com critérios rígidos, como limite de plantas. O cultivo não seria liberado à população. Possíveis produtos desenvolvidos seriam notificados à Anvisa, que teria acesso a informações de prescritores e pacientes. COMO É EM OUTROS PAÍSES