Start-ups de logística cortam custo de frete
Graças a novos atores desse mercado, empresas diversificam seus sistemas de entrega e economizam no transporte
Companhias operam via ‘marketplace’, conectando carreteiros autônomos a demandas do comércio eletrônico FOLHA
Empresas de todos os tamanhos estão substituindo atores tradicionais do setor de entregas e grandes transportadoras por pequenas companhias recém-criadas.
“Quando nossa empresa abriu usávamos muito o serviço dos Correios. Nosso volume de comércio era baixo e tentávamos entender como o mercado funcionava”, diz Pamela Hidani, fundadora do Best Berry, clube de assinatura de comida saudável com mais de 5.000 clientes.
Com o crescimento, diz Hidani, surgiram problemas com prazo de entrega.
“Procuramos outras opções e encontramos uma transportadora com preço menor e que garantia a entrega em 24 horas. Como estão começando, somos mais representativos na cartela de clientes deles e conseguimos valores melhores.”
A empresa contratada pela Best Berry é a B2Log, que se apresenta como companhia de “entregas criativas” para e-commerce.
Basicamente, ela opera em um sistema de “marketplace”, similar ao de empresas como Uber, conectando entregadores autônomos ao comércio eletrônico que precisa fazer suas entregas.
“Começamos a trabalhar nessa ideia no final de 2012, mas só conseguimos o primeiro cliente depois de oito meses”, afirma Juca Oliveira, um dos fundadores da B2Log.
“Quando surgimos, nosso preço fixo não era tão competitivo, oferecíamos um serviço ‘premium’ de entrega rápida que nos dava certa penetração, mas nada fora do normal”, acrescenta.
Veio a crise, e a estratégia mudou. Desde o início do ano, após algumas adaptações, a companhia consegue oferecer fretes até 45% mais baratos do que a concorrên-
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Escritórios de advocacia menores e com serviços flexíveis ganham espaço entre empresas de pequeno porte.
“Buscamos modelo de negócio escalável, que não seja limitado geograficamente”, diz a advogada Thaís Guedes, do escritório InHands.
No InHands, as empresas podem ter um advogado a partir de R$ 299 por mês, com direito a duas horas de assessoria jurídica no período. “Ele pode, também, acumular horas e ter a opção de um serviço mais elaborado. Ou se preferir, faz pagamento extraordinário, caso as horas que tenha não sejam suficientes para a demanda”, diz Guedes. cia tradicional, diz Oliveira.
Com a popularização dos smartphones, o “marketplace” hoje é moda entre as startups de logística.
Mas o começo foi duro. Em 2012, Carlos Mira, então diretor de uma transportadora tradicional de sua família, visitou o Vale do Silício, nos EUA, e voltou encantado com a novidade. Queria aplicá-la na sua área, conectando carreteiros autônomos aos embarcadores —pequenas e médias indústrias que não têm frota e precisam fazer entregas pelo país.
“Obviamente, me chamaram de idiota. Na época, nenhum caminhoneiro tinha um smartphone”, conta.
A primeira versão do aplicativo TruckPad, lançada em 2013, teve que ser testada em celulares dados a motoristas.
“Em um ano, tive cem downloads”, diz. E então veio a crise. “De 2015 para cá, já ultrapassei 500 mil instalações do aplicativo, com 8.000 empresas cadastradas.”
Uma delas é a TechDuto, que vende dutos para indústrias, e que tem unidades em São Paulo e Recife. Frete
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2013 Armazenagem
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Há outros planos, como o que garante 12 horas de consulta por R$ 1.649 por mês.
O escritório, criado em fevereiro de 2016, conta com 200 clientes entre Rio de Janeiro e São Paulo.
“Empresas pequenas têm grande dificuldade em contratar assessoria jurídica. Assim, planos mais flexíveis ajudam esses empreendedores a terem acesso ao serviço”, comenta Guedes.
Depois de atuar em escritórios atendendo grandes empresas, a advogada Gislaine Santos viu um nicho formado por firmas menores e start-ups. Desde o início deste ano, atua nesse mercado.
Para ficar mais próxima do cliente, ela trabalha em esquema
“Por mais de dez anos, trabalhamos com transportadoras e com agenciadores, pessoas que ficam em postos de gasolina fazendo a intermediação entre caminhoneiros autônomos e embarcadores”, conta Pedro Costa, gerente comercial da empresa.
“Em meados de 2015, um caminhoneiro nos mostrou o aplicativo. Desde então, substituí meu intermediário e consigo agendar viagens em menos de 20 minutos. Tive 35% de redução de custos no frete, e ainda consigo pagar mais ao caminhoneiro, já que cerca de um terço do valor anterior ficava nas mãos de agenciadores”, conta Costa.
“Uma viagem que eu fazia por R$ 1.000 sai hoje por R$ 650 com o aplicativo”.
Segundo Rafael Ribeiro, diretor da Associação Brasileira de Startups, cerca de cem dessas empresas se cadastraram na área de transportes do banco de dados da associação nos últimos quatro anos.
“Start-ups conseguem ser competitivas por entregar mais rápido e mais barato. Esse mercado vem numa crescente sem volta”, diz Ribeiro. 2015 Participação de custos logísticos no e-commerce Manuseio
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de co-working ou na sede do próprio contratante, dependendo do serviço.
“Faço de um contrato ou uma audiência até assessoria jurídica empresarial completa. Depende da necessidade do cliente”, diz Santos.
Por não ter uma estrutura física ou funcionários, a advogada, que trabalha em parceria com um colega, diz cobrar valores mais acessíveis, até 40% menores do que se estivesse estabelecida em uma estrutura tradicional.
Foi o preço que atraiu para ela César Machado, da empresa Antares, que faz instalação e climatização de arcondicionado. Sem condição de contratar assessoria jurídica, ele conta que fez um mal negócio em um contrato e acabou perdendo R$ 400 mil.
“Antes, só contratava advogado para apagar incêndios, era muito caro. Hoje tenho assessoria preventiva por um valor mensal que posso pagar”, diz Machado.
Os advogados vão à empresa uma vez por semana, e ele pode ligar para tirar dúvidas quantas vezes quiser.
Outra banca que também fugiu do modelo tradicional foi a Flandoli Ajzen Advogados. As sócias Marina Flandoli e Paula Ajzen também não têm uma grande estrutura e trabalham sozinhas.
“Conseguimos cobrar cerca de 30% menos, dependendo do serviço, porque temos uma estrutura enxuta”, afirma Flandoli.
“Temos uma carteira de 40 clientes fixos e outros 20 pontuais”, diz Ajzen.
Para atender às novas necessidades dos clientes, o escritório Dorta & Horta Advogados refez o seu modelo de negócio para atuar de forma customizada. “Com um trabalho mais preventivo, reduzimos a judicialização, diminuindo a estrutura do escritório e os valores cobrados”, afirma Pedro Horta.
O escritório GMP Advogados também aposta no trabalho preventivo para reduzir os custos das empresa.
“Nosso escritório foi criado com a filosofia da assessoria preventiva. O objetivo é proporcionar tranquilidade,
Juca Oliveira, fundador da B2Log, na sede da empresa, em São Paulo