Na China, Doria visita muralha e se anima com ‘espião’
DA ENVIADA A PEQUIM
Um professor “espião” que pode monitorar o que seus alunos acessam no tablet e, se achar necessário, bloquear eventuais distrações (uma “escapulida” para o Facebook durante a aula, por exemplo).
Essa foi uma das propostas que mais entusiasmaram o prefeito paulistano João Doria na apresentação de um projeto de aula digital formulado pela Lenovo, gigante chinesa que comprou a divisão de PCs da IBM e a Motorola.
O primeiro dia de agenda do tour chinês do prefeito, que viajou a convite do governo local, incluiu visitas estratégicas para implementar a meta no país: “Vender São Paulo”.
Os estatais Banco da China e a instituição que equivale ao BNDES desta que é a segunda maior economia do mundo foram outros compromissos de segunda-feira (24).
A meta de Doria era convencer os anfitriões de que injetar recursos em São Paulo é um bom negócio.
Diretor do Banco da China no Brasil, Zhang Guahua disse que as turbulências na economia e na política brasileira “de certa maneira, com certeza afetam a confiança” do investidor chinês. Ele frisou, contudo, que seu país pensa “a longo prazo”, expressão que virou o bordão de Doria para dizer por que o Brasil continua atraente para o mercado internacional.
O prefeito também visitou a Muralha da China.
Enquanto conversava com jornalistas sobre o drama tributário do país, Doria não segurou o riso. Foi uma reação a chineses que gritavam “acelela” a poucos metros dele, na Muralha da China.
O grupo foi instruído pela equipe do tucano a bradar seu slogan #acelera para vídeos que abasteceriam suas redes sociais —os locais também repetiram o V na horizontal, gesto com as mãos inventado pelo publicitário Nizan Guanaes para a campanha eleitoral de 2016.
Outra acolhida: um casal de turistas maranhenses o interpelou e declarou apoio a eventual candidatura dele à Presidência.