Folha de S.Paulo

PALESTRA THOMAS KNOLL

- MARA GAMA

COLUNISTA DA FOLHA

Uma das maiores atrações doDesignWe­ekenddeste­ano antecipa o calendário oficial. No dia 4 de agosto, Thomas Knoll, inventor do software que se tornou um marco na história da vida digital, dará uma palestra na Belas Artes.

O programa Photoshop, que já tem 27 anos, é um dos softwares mais vendidos no planeta, com dezenas de milhões de usuários. Usado por fotógrafos e designers, proporcion­ou fusões entre os dois campos e virou verbo já no começo dos anos 1990.

“Photoshopa­r” tornou-se sinônimo de alterar, tirar defeitos, embelezar. Uma mão na roda para a publicidad­e e para os artistas e, pelas mesmas razões, ferramenta polêmica no jornalismo.

Thomas Knoll criou o Photoshop junto com o irmão, John. Apaixonado por filmes de ficção científica como “Star Wars”, John fazia maquetes de naves e estações espaciais para filmar. Sua paixão o levou a trabalhar como cameraman na Industrial Light & Magic, empresa de efeitos especiais fundada por George Lucas nos anos 1970.

Thomas, que gostava de fotografia, penava no laboratóri­o caseiro com as variações incontávei­s de contrastes e tonalidade­s de preto e branco que resultavam de suas revelações no quarto escuro. Estudante de programaçã­o, criou um programa para tornar mais nítidas as imagens nocomputad­or.Em1987,nascia o Display, ancestral do Photoshop, ambiente de decodifica­ção e processame­nto de imagens, que introduziu um gradiente de cinzas entre preto e branco, ainda com definição de pixel.

A primeira versão saiu em fevereiro de 1990. Quando os scanners coloridos se tornaram fáceis e baratos, a fotografia digital se popularizo­u, oscomputad­oresdiminu­íram de tamanho e peso enquanto suas memórias cresciam, o ambiente ideal para aproveitar tudo isso era o Photoshop, com ferramenta­s intuitivas. CONCURSO GLOBAL Três oficinas durante o evento vão explicar sobre o maior concurso para ações de adaptação às mudanças climáticas dirigido a designers.

Promovido pela plataforma holandesa de palestras What Design Can Do (WDCD), o Climate Action Challenge é uma competição que busca ideias, projetos de serviços e sistemas com soluções inovadoras que combatam efeitos das mudanças climáticas. Os temas são água, moradia, saúde, energia e comida.

Os vencedores, selecionad­os e avaliados por um júri internacio­nal compartilh­am um pacote no valor de € 900 mil (R$ 3,3 milhões), que inclui orçamento de produção e um programa de aceleração para execução.

“A ideia dos workshops é familiariz­ar as pessoas com a competição, com a ferramenta de descrição dos projetos e instigá-las a desenvolve­r suas ideias”, diz Bebel Abreu, da Mandacaru Design, parceira brasileira da What Design Can Do.

O concurso é aberto. Não é necessário apresentar protótipo ou plano de negócios. “Um aplicativo que resolva gargalos de uma das áreas básicas se enquadrari­a”, diz.

Requisitos importante­s são inovação, praticidad­e, escala, acessibili­dade e facilidade de compreensã­o e comunicaçã­o. Participan­tes têm até 24/9 para enviar ideias. QUANDO 4 de agosto, às 9h QUANTO Gratuita ONDE Centro Universitá­rio Belas Artes, r. José Antônio Coelho, 879, Vila Mariana MAIS belasartes.br mandacarud­esign.com.br

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