Folha de S.Paulo

Comissão arquiva caso de assessor da Casa Civil

- MARINA DIAS

Gustavo Rocha foi acusado pelo PT por atuar também como advogado de Marcela Temer

A Comissão de Ética da Presidênci­a da República arquivou o processo contra o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, no caso de sua atuação como advogado da primeirada­ma, Marcela Temer, na ação movida contra a Folha eojornal “O Globo” neste ano.

O colegiado concluiu nesta segunda-feira (31) que não houve conflito de interesses por parte do advogado, que atuou na defesa de Marcela ao mesmo tempo em que ocupava o posto de um dos principais assessores jurídicos do Palácio do Planalto.

Em fevereiro, a Comissão de Ética abriu processo para investigar a conduta do auxiliar do presidente Michel Temer (PMDB), que assinava uma petição, em nome de Marcela, pedindo a proibição da divulgação de informaçõe­s sobre as chantagens de um hacker sofridas pela pri- meira-dama no ano passado.

O Planalto conseguiu na Justiça do Distrito Federal quea Folha e “O Globo” retirassem do ar reportagen­s que tratavam do caso.

Os dois veículos de comunicaçã­o recorreram da decisão e conseguira­m revertê-la em segunda instância.

A comissão investigou Rocha diante de uma denúncia apresentad­a à época pela senadora Gleisi Hoffmann (PTPR). A petista, hoje presidente nacional do partido, alega- va que ele cometeu infração ética ao atuar como advogado de Marcela em função paralela à sua atividade na Casa Civil, mas o colegiado julgou a ação improceden­te.

“Houve um questionam­ento sobre o ajustament­o ético dessa atuação para alguém que ocupa um cargo no governo”, disse, na ocasião, o presidente do colegiado, Mauro Menezes, acrescenta­ndo que a comissão daria dez dias para que Rocha se manifestas­se sobre o caso.

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