Houve a alteração da lei orgânica do município permitindo o uso, mas uma sentença
Folha - O que o sr. acha do uso das Forças Armadas no Rio?
Paulo César Amêndola - É válido para dar uma sensação de segurança. As tropas vieram para cercar áreas críticas já mapeadas. Mas eles não têm treinamento para fazer ações como a polícia. O militar das Forças Armadas tem a cultura da guerra contra o inimigo, de matar. Isso, na segurança pública, é o caos. A cultura do policial não pode ser essa, o delinquente está no meio de gente inocente. cia, com as câmeras que antes só cuidavam da mobilidade urbana. Resolvemos usá-las para ver também os crimes nas ruas. Visualizamos, avisamos pelo rádio, que tem a mesma frequência da PM, e quem estiver perto, age. A Guarda Municipal vem brigando pelo direito de usar armas não letais. judicial proibiu. Agora vamos brigar na Justiça. Não é preciso armar a tropa inteira, 70% têm condição de usar os equipamentos, tasers [arma de choque] e balas de borracha. O sr. acha importante a guarda estar armada?
É importante porque ela tem de ter capacidade para superar todos os tipos de violência. Ela foi criada desarmada em 1993, mas os problemas foram se avolumando. Acho que deveria usar inclusive arma de fogo. O prefeito Marcelo Crivella (PRB) é contrário a dar armas de fogo para a guarda. O sr. acha que isso está sendo bem feito?
Não. Para portar uma arma de fogo, o agente tem de ter condições psicológicas, treinamento específico e só usá-la como recurso extremo e final. O problema é que se fazem testes psicológicos não específicos para uso de arma de fogo.