Folha de S.Paulo

Bloco escolherá novas sedes para agências londrinas

- DIOGO BERCITO

A União Europeia anunciou nesta terça-feira (1º) ter recebido 27 propostas para realocar suas duas agências hoje sediadas no Reino Unido, que deixará o bloco econômico até março de 2019.

A saída dos escritório­s —que lidam com a regulação farmacêuti­ca e financeira— é uma das consequênc­ias de curto prazo do “brexit”, aprovado por voto popular em 2016.

Houve 19 ofertas para a Agência Europeia de Medicament­os e 8 para a Autoridade Bancária Europeia, atualmente baseadas em Londres. No total, concorrem 23 cidades, incluindo Amsterdã, Barcelona, Milão e o Porto.

A decisão será tomada em novembro, em comum acordo entre os 27 Estadosmem­bros restantes da união a partir de critérios como a acessibili­dade e a qualidade de vida de seus funcionári­os.

É necessário também que as duas agências estejam prontas para operar assim que o Reino Unido concluir sua saída.

A Agência Europeia de Medicament­os é responsáve­l pela avaliação, supervisão e monitorame­nto de medicament­os na UE.

Já a Autoridade Bancária Europeia trabalha com a regulação do setor bancário do bloco, avaliando, por exemplo, as suas vulnerabil­idades.

Para o governo do Reino Unido, perder a Agência Europeia de Medicament­os significa entraves à regulação e um possível atraso na chegada de remédios a pacientes.

No caso da Autoridade Bancária Europeia, o deslocamen­to pode ser acompanhad­o da saída de bancos europeus do país.

O Reino Unido está mais aberto ao livre comércio do que alguns de nossos parceiros na UE. Se UE e Mercosul não tiverem um acordo em março de 2019, tentaremos um tanto com o Brasil quanto com o Mercosul

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