SUS deve distribuir nova droga em comprimidos até outubro
DA EDITORIA DE TREINAMENTO
Até outubro, deve chegar ao SUS a primeira droga via oral administrada nas fases iniciais de tratamento da esclerose múltipla. É a teriflunomida, que vem em comprimidos e trata o tipo mais comum da doença, o remitente-recorrente, 85% dos casos.
A novidade pode significar o fim das agulhas para parte dos cerca de 15 mil pacientes que, segundo o Ministério da Saúde, tratam a doença na rede pública. No SUS, a primeira linha de ataque à patologia adota drogas aplicadas na forma subcutânea ou na veia.
A teriflunomida tem efeito imunomodulador: ela regula o sistema imunológico e reduz os sintomas da doença, como a fadiga (ver quadro).
A droga é produzida pela Sanofi. O tratamento mensal custa de R$ 6.000 a R$ 7.500.
Ainda na linha de novos medicamentos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) analisa a entrada de mais duas drogas.
Uma delas, o ocrelizumabe (Roche), é a primeira para um tipo raro da doença —a primária progressiva, 15% dos casos— que ainda não tinha medicação disponível.
Outro fármaco na fila da Anvisa é o daclizumabe, que atua no tipo recorrente-remitente e foi desenvolvido pela Biogen com a AbbVie.
Os dois medicamentos, já aprovados nos EUA, são imunossupressores, ou seja, reduzem a atuação do sistema imunológico e, por consequência, os surtos dos pacientes. Não há prazo para aprovação da Anvisa.