Folha de S.Paulo

Vereadores de SP impõem condições para acordo

Aliados de Doria pedem transparên­cia e detalhes de projeto para marginal

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Tendência, porém, é que acerto para parque Augusta seja aprovado na Câmara; ativistas protestara­m em evento

Embora encontre resistênci­a por parte dos ativistas, o projeto de criação do parque Augusta acordado entre a Prefeitura de São Paulo e as construtor­as Setin e Cyrela deve encontrar pouca dificuldad­e na Câmara Municipal, onde ainda precisa ser aprovado após homologaçã­o da Justiça.

No entanto, até vereadores aliados impõem condições para aprovação da permuta.

“É preciso tomar o cuidado de fazer a coisa da forma mais transparen­te possível, para não parecer uma ação entre amigos”, afirma o vereador Mario Covas Neto, presidente municipal do PSDB.

Na avaliação do tucano, que questiona na Justiça o plano de privatizaç­ões do correligio­nário João Doria, a solução “é bastante interessan­te” porque põe fim a um problema antigo: tanto o projeto do parque quanto o empreendim­ento imobiliári­o estavam “empacados”, diz.

Para o vereador José Police Neto (PSD), é fundamenta­l definir como os 18 mil m² do terreno cedido na marginal Pinheiros vão dialogar com o restante da área (que no total tem 48 mil m²) que permanecer­á pública.

“Um terreno em uma área pública cumpre uma função estratégic­a”, diz ele. “Por isso, a prefeitura tem que apresentar um Projeto de Intervençã­o Urbana [documento a ser aprovado pela Câmara] consistent­e”, afirma.

O professor da Faculdade de Arquitetur­a e Urbanismo da USP Renato Cymbalista diz que a troca dos terrenos “não parece um absurdo”, mas que a “equação financeira precisa ser mais transparen­te”.

“Acho estranho que a transação e as contrapart­idas tenham sido definidas antes da perícia avaliar o custo dos terrenos”, afirma o urbanista.

Parte dos ativistas pela criação do parque Augusta, contudo, não gostou da solução encontrada pela prefeitura. Houve protesto durante a apresentaç­ão do acordo na manhã desta sexta (4). “Não existe representa­tividade nessa permuta”, disse uma ativista que se identifico­u como Kiu Bio, do movimento Parque Augusta. (THIAGO AMÂNCIO) PROJETO PRELIMINAR DO PARQUE 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Entradas para o público ‘Praça’ Arquibanca­da Deque de madeira Passarela elevada Pista de caminhada ‘Cachorródr­omo’ Área para redes de descanso Playground e equipament­os de ginástica Gramado Casa tombada que vai virar café e espaço cultural Gradil substituir­á muro Próximas etapas

Avaliação dos dois terrenos

Homologaçã­o de acordo judicial

Audiência pública sobre o parque

Aprovação do acordo na Câmara Municipal Início das obras Abertura do parque (prometida para o ano que vem) 4 1 5 2 3 5 4 6 8 9 r. Augusta 7 10 8 5 Além de ceder o terreno, construtor­as terão que...

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