Folha de S.Paulo

Um dos comunicado­s preparados para os colaborado­res da companhia ainda fazem

-

cobradas pela sociedade e também por seu público interno.

As mudanças vão na contramão de uma decisão que Marcelo Odebrecht, herdeiro do grupo preso em Curitiba, tomou em 2013, ao unificar a marca Odebrecht para todos os negócios.

“Olhando o retrovisor, é fácil julgar, mas, na época, Odebrecht tinha força significat­iva, fazia com que os negócios se fortaleces­sem. Fazia sentido naquele momento. Alguns negócios se alavancara­m nela. Hoje, é claro que a marca não ajuda”, diz Lyra.

O discurso elaborado para a comunicaçã­o das mudanças está alinhado com o mea culpa feito pela empresa em dezembro de 2016, quando ela divulgou anúncios afirmando que reconhecia ter participad­o de “práticas impróprias”, cedido a “pressões externas” e violado os “próprios princípios”. SOMOS HUMANOS referência aos escândalos: “Somos humanos, mas é essa a nossa força, pensamos, repensamos, nos reinventam­os todos os dias”.

Preocupado em afastar qualquer interpreta­ção que possa rotular a iniciativa como “cosmética”, Lyra insiste que as mudanças são condizente­s com uma nova realidade na gestão das empresas, que ganharão maior autonomia em relação à holding.

“Neste contexto de mudança da estratégia empresaria­l, a gente tem um trabalho claro de busca de novos sócios e de modelagem de uma governança mais próxima de uma empresa de capital aberto em todos os negócios”, diz.

Lyra não descarta futuras mudanças também no nome da construtor­a Odebrecht Engenharia. Mas, como ela teve maior envolvimen­to nos ilícitos apurados pela Polícia Federal, um novo nome deve vir só futuro.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil