Brasileira quebra recorde sul-americano
ENVIADO ESPECIAL A PARIS
No sábado (5) à noite, a Torre Eiffel, iluminada, deu as boas-vindas a Neymar, mistura de deferência com o jogador brasileiro e marketing do Paris Saint-Germain. A imagem do atacante com a camisa do PSG se tornou uma esperança para o Campeonato Francês, patinho feio das principais ligas europeias.
Não apenas o futebol do país protagonizou a maior transferência da história do futebol, como tem também um dos principais jogadores do mundo, no auge da forma.
“Precisamos lembrar que o futebol é mais do que um esporte, é uma indústria de entretenimento. Neymar é uma marca global que vai ser o nosso chamariz”, diz o diretor da Liga Francesa de Futebol Didier Quillot.
Após a vitória do PSG no Francês, no último sábado (5), até os atletas do rival Amiens, recém-promovido à primeira divisão, louvavam a chegada do atacante. Para Daniel Alves, apenas o anúncio da contratação de Neymar levou o PSG e o Campeonato Francês a um novo patamar.
O Francês é o quinto campeonato nacional em popularidade, arrecadação e audiência na Europa. Fica atrás dos da Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália.
Pelo levantamento da empresa de auditoria Deloitte, em 2015 os clubes franceses movimentaram 1,4 bilhão de euros (R$ 5,2 bilhões) contra 4,4 bilhões de euros (R$ 16,2 bilhões) dos ingleses.
Uma brincadeira comum no futebol europeu é que o fu- tebol francês não passa de um nascedouro de jogadores para os principais torneios nacionais do mundo. Neymar pode mudar isso.
Quando o PSG se interessou por Neymar em 2016, dirigentes do Barcelona e até pessoas ligadas ao jogador consideraram irreal esperar que o atacante deixasse a Espanha para atuar na França.
Doze meses depois, o brasileiro é o maior garoto-propaganda da liga francesa. Rosângela Santos fez muito mais do que dela se esperava neste Mundial de atletismo. A brasileira alcançou um histórico sétimo lugar na final dos 100 m rasos no Estádio Olímpico de Londres, com 11s06. É o melhor resultado já obtido por uma brasileira na prova mais rápida do atletismo. Na semifinal, a brasileira havia batido o recorde sul-americano em 10s91, superando em 0s08 o antigo recorde, da equatoriana Angela Tenorio. A medalha de ouro foi para a americana Tori Bowie, com 10s85, em chegada decidida só no photo finish contra a marfinense Marie-Jossé Ta Lou. Dafne Schippers, da Holanda, foi bronze.