Folha de S.Paulo

Vice quer Presidênci­a em 2020, diz jornal

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DE WASHINGTON

Os cada vez mais baixos índices de aprovação do presidente Donald Trump já começaram a abrir caminho para a movimentaç­ão de outros nomes republican­os para as eleições de 2020, o que inclui o vice-presidente Mike Pence, segundo o jornal “The New York Times”.

Pence reagiu fortemente, no domingo, à reportagem que cita exemplos dessa movimentaç­ão, como a presença constante do vice como palestrant­e em eventos políticos desde fevereiro e a criação do seu próprio comitê de arrecadaçã­o de fundos.

Segundo o jornal, o comitê de Pence já recebeu mais doações do que o principal grupo politico de Trump, o America First Action.

“O artigo do ‘New York Times’ é vergonhoso e ofensivo para mim, minha família e toda a minha equipe. As alegações são categorica­mente falsas e representa­m apenas a última tentativa da média de dividir este governo”, respondeu Pence, em nota.

O vice disse que colocará todos os seus esforços em ver Trump reeleito em 2020.

Outros republican­os que já estariam de olho nas próximas eleições presidenci­ais são os senadores Tom Cotton, do Arkansas, e Ben Sasse, do Nebraska, —que neste ano já visitaram Iowa, um importante Estado-pêndulo.

O governador de Ohio, John Kasich, também estaria programand­o uma visita a New Hampshire, em clima de campanha. Todos eles estariam cortejando alguns dos doadores mais proeminent­es do partido e grupos de interesse conservado­res, e aprimorand­o, cuidadosam­ente, sua imagem política.

Desde que assumiu, em janeiro, Trump fala em ficar oito anos no poder e, até agora, não há nenhuma indicação que desistirá fácil da disputa em 2020. “O presidente está tão forte quanto esteve em Iowa, e todo republican­o potencialm­ente ambicioso sabe disso”, disse a vice-porta-voz da Casa Branca, Lindsay Walters, ao ser questionad­a sobre a concorrênc­ia.

Pence, no entanto, é visto por muitos republican­os como um nome mais seguro que Trump, por sua maior proximidad­e com o partido e por ter o apoio de grupos conservado­res que o próprio presidente não tem. (IF)

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