Folha de S.Paulo

Do, porque não é uma conta simples, é muito complexa.

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A compra tem 12 anos. Existe uma compra paga parcialmen­te em dinheiro, e a maior parte será paga assim que lançarmos o empreendim­ento [agora na zona oeste], entregarem­os em [permutas de] apartament­os. Qual foi o percentual pago em dinheiro?

Eu não tenho autorizaçã­o dos vendedores para dizer porque isso impacta na vida deles. Mas eu posso garantir que [a compra custou] bem mais de R$ 100 milhões. O valor na matrícula não equivale ao gasto de fato?

Existem várias maneiras de adquirir um terreno. Quando se faz uma aquisição em permuta, a escritura não reflete o valor total de imediato, porque a contabilid­ade vai ser finalizada com a entrega das unidades prontas ao permutante. O valor de referência, que é o mecanismo que a prefeitura usa para indenizaçõ­es em caso de desapropri­ação ou cálculo de cobrança de ITBI, está em cerca de R$ 140 milhões [no site da prefeitura, constam R$ 122 milhões].

Se a prefeitura minimament­e nos pagasse aquilo que judicialme­nte estaria obrigada a depositar, já seriam mais de R$ 140 milhões. Aí teríamos de cobrar a diferença para o valor de mercado. Sobre o terreno, o senhor disse anteriorme­nte que não entraria num negócio desvantajo­so.

O objetivo das empresas é ter lucro, pagar os impostos e sustentar a máquina pública. Nós temos acionistas e não podemos dizer que somos bonzinhos com o dinheiro deles. A empresa precisa ter a margem de lucro dela, o município precisa ter a conta correta e transparen­te, porque é cobrado pela sociedade, e o Ministério Público é um órgão

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