Com preço inicial de R$ 76,8 mi, leilão de casa de Edemar fracassa
Ninguém apresenta proposta por imóvel de 5 andares de ex-banqueiro
DE SÃO PAULO
Com preço inicial de R$ 76,8 milhões, a casa do exbanqueiro Edemar Cid Ferreira, do falido Banco Santos, não atraiu interessados no pregão marcado para esta sexta-feira (11).
Na ausência de propostas, será agendada uma segunda rodada, com valor inicial em torno de R$ 46 milhões, para vender a casa de cinco andares que ocupa 4.100 m² no Morumbi, em São Paulo.
O recurso será destinado ao pagamento de credores.
“É comum não atrair interesse em pregões de imóveis. Estamos em tempos de crise, em que a grande maioria não é vendida na primeira”, diz Vânio Aguiar, administrador judicial da massa falida.
Construída de 2000 a 2004, a casa, na rua Gália, foi projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake, que recebeu R$ 1,15 milhão pelo serviço. O decorador americano Peter Marino recebeu R$ 8,86 milhões.
O imóvel tem duas galerias de arte, com pé-direito de nove metros, e uma biblioteca. Banheiros de vidro com tecnologia que muda de cor quando estão ocupados, mármores importados da França e elevadores pneumáticos também contribuíram para elevar o preço do imóvel, que custou ao ex-banqueiro mais de R$ 140 milhões.
A intervenção do Banco Central no Banco Santos ocorreu em 2004, com um rombo de R$ 2,2 bilhões.
Após receber ordem de despejo em 2011, Cid Ferreira passou a hospedar-se em um imóvel de seu amigo José Papa Júnior, o Zizinho Papa, que fica a poucos metros.
Desde então, já não há moradores na casa. O imóvel despertou interesse do empresário Joesley Batista, da JBS, que chegou a visitá-lo em 2012, mas os trâmites para a venda não estavam concluídos. (JOANA CUNHA E MARIO CESAR CARVALHO)