Trump tenta apagar dubiedade com neonazismo
No Twitter, Trump se calou por horas no sábado, postou por fim mensagens vagas e voltou a se calar no domingo.
E deixou para “porta-voz não identificado”, no dizer do “New York Times”, fazer a nota da Casa Branca dizendo que quis, sim, criticar os “supremacistas brancos”. Para o “Washington Post”, “o esclarecimento ficou longe do que mais e mais republicanos cobram: condenar diretamente” a extrema-direita.
Paralelamente, uma segunda trama começou a se desenvolver anonimamente a partir da Casa Branca, com o site “Axios” noticiando que “Trump suspeita que Bannon está vazando [informações], o que coloca em risco seu cargo” de estrategista-chefe.
E na rede ABC o falastrão Anthony Scaramucci, mesmo recém-demitido por Trump, pareceu falar por ele outra vez —e assim foi visto— ao atacar a “tolerância indesculpável” do mesmo Bannon com o supremacismo branco.
Do “WP” à “Mother Jones”, voltou-se a falar em “presidente Pence”, sobre o vice.
Quintal Mike Pence, o vicepresidente americano, desembarcou na Colômbia no domingo, para a visita que incluirá também Argentina, Chile e Panamá, mas não Brasil. E já ouviu do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na manchete do jornal “El Tiempo”, que “a possibilidade de intervenção militar na Venezuela não deve ser contemplada”.
Saída O mesmo “El Tiempo” e o espanhol “El País” publicaram “Venezuela, uma saída”, artigo escrito pelo “expresidente da Colômbia e exsecretário-geral da Unasul” Ernesto Samper Pizano. O texto defende “um acordo de governabilidade democrática”, apresentado por ex-presidentes também de México, Panamá e outros, mas não Brasil. Abrange “anistia e devolução, à Assembleia venezuelana, do poder que lhe foi retirado”.
Futuro A rádio pública americana, NPR, ouviu de “um funcionário da Casa Branca” que a viagem de Pence pela América Latina visa “realçar o tema de que Colômbia, Argentina, Chile, Panamá: eles representam o futuro da liberdade, da oportunidade, da prosperidade e do crescimento do comércio”. Mas é provável que ele tenha que responder se tem ambições presidenciais.