Folha de S.Paulo

Oferta de ações em 2017 deve superar em 4 vezes a de 2016

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A delação dos irmãos Batista provocou uma redução no volume de ofertas de ações esperado para 2017, mas ainda assim, executivos do setor estimam superar a cifra de R$ 40 bilhões em IPOs (ofertas iniciais) e em subsequent­es.

Ao longo de todo o ano passado, foram R$ 9,7 bilhões.

Desde o início de 2017, 13 empresas já emitiram ações, entre ofertas iniciais e de “follow on” (subsequent­es), registrand­o cerca de R$ 24 bilhões.

Outras dez operações aproximada­mente são esperadas pelo mercado até dezembro — quase todas IPOs.

“Apesar dos eventos de maio [delação da J&F], o mercado ainda continua bem forte e podemos chegar a um total de 30 operações, no valor de R$ 40 bilhões até o final de 2017”, diz Leandro Miranda, diretor do Bradesco BBI.

Neste ano, até agora, o volume equivale ao ano todo de 2016, mais 147%, afirma.

Antes do acirrament­o da crise política, a expectativ­a era de um ano recorde, similar a 2007 em reais, quando a oferta de ações somou R$ 70 bilhões, diz Hans Lin, responsáve­l pelo banco de investimen­to do Bank of America Merrill Lynch no país.

“Mesmo com a piora no cenário e dúvidas acerca da aprovação da reforma da Previdênci­a, foi possível a oferta de R$ 5,2 bilhões de Carrefour, o maior IPO desde 2013”, afirma o executivo.

Lin, que está cautelosam­ente otimista, estima que o mercado feche este ano com R$ 40 bilhões em ofertas.

“O mercado está mais arisco, mas as coisas continuam acontecend­o, saímos daquele marasmo de janela totalmente fechada, que foi o primeiro semestre de 2016.

“a piora no cenário, houve o IPO de Carrefour, de R$ 5,2 bi, o maior desde 2013

HANS LIN,

do Bank of America Merrill Lynch

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Marcelo Justo/Folhapress Leandro Miranda, diretor do Bradesco BBI

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