Marchador obtém pódio solitário para o Brasil
Caio Bonfim é bronze no Mundial de Londres
O Brasil subiu ao pódio pela primeira vez no último dia do Mundial de atletismo de Londres. Neste domingo (13), Caio Bonfim, 26, ganhou a medalha de bronze na prova de 20 quilômetros da marcha atlética, com um novo recorde brasileiro (1h19min04s).
Foi a primeira medalha do Brasil na marcha em Mundiais. Caio era apenas o 14º colocado na metade da prova, mas reagiu nos 10 km finais e arrancou para o terceiro posto. Ele ficara em quarto lugar nas Olimpíadas do Rio.
“Foi uma prova muito difícil. Começou com um ritmo muito forte e achei que ninguém iria aguentar. Preferi manter o que tinha treinado, o que deu certo”, afirmou.
Não fosse sua conquista, o Brasil teria passado outra vez em branco na competição, a exemplo do que ocorreu em 2013, na edição em Moscou.
No mais, o país teve seis finalistas, cinco em disputas femininas: Rosangela Santos (100 m), Geisa Arcanjo (arremesso de peso), Eliane Martins (salto em distância), Andressa Morais (lançamento de disco) e o revezamento 4 x 100 m. Houve uma única final masculina, com Thiago Andrade nos 800 m.
A quantidade de finais foi superior à do Mundial de Pequim, em 2015, mas o peso da medalha foi menor. Na China, Fabiana Murer levou a prata no salto com vara.
Houve, também, involução na comparação com o desempenho na Olimpíada do Rio.
Nos Jogos, os brasileiros foram a 11 finais. Thiago Braz levou ouro no salto com vara. Ele não foi a Londres. BOLT Após sofrer lesão no sábado (12) e nem sequer completar o revezamento 4 x 100 m devido a uma cãibra na coxa esquerda, Usain Bolt deu uma volta olímpica no estádio neste domingo (13) para celebrar sua despedida.
Ele disse não acreditar que a má campanha em Londres afetará seu legado. “Após perder os 100 m, me lembraram que Muhammad Ali também perdeu sua última luta.”
Indagado sobre a possibilidade de voltar a correr, Bolt disse que não há possibilidade de um recuo.
E ainda disparou que já viu atletas demais se aposentarem, voltarem aos seus esportes e passarem vergonha.
“Não serei um deles”, complementou o astro, oito vezes campeão olímpico.