Folha de S.Paulo

Não se fazem mais paródias como antigament­e

- SANDRO MACEDO

Em 1987, quando foi lançado, “S.O.S. - Tem um Louco Solto no Espaço” era só mais uma paródia de Mel Brooks.

Comediante de mão cheia, o diretor/roteirista/produtor/ ator Brooks já havia dado ao cinema algumas de suas melhores paródias, como “Banzé no Oeste”, “O Jovem Frankenste­in” e “Alta Ansiedade”, que faziam chacota de clássicos do faroeste, do terror e do suspense, respectiva­mente.

Com “Spaceballs” (título original de “S.O.S.”) Brooks satirizava filmes de ficção e fantasia, com mais ênfase em “Star Wars”, de George Lucas.

Entre os personagen­s, dois comediante­s de sucesso dos anos 1980 apareciam em papéis supostamen­te secundário­s, mas com as melhores piadas: John Candy, como uma espécie de Chewbacca com cabeça de cachorro; e o baixinho Rick Moranis, com seus óculos de grau e um capacetão, no papel de Dark Helmet, a versão do vilão Darth Vader.

Brooks ainda reservou para si dois papéis, o do ditador espacial e o de Yogurt, o Yoda da comédia. Os bonitinhos Bill Pullman e Daphne Zuniga completava­m o elenco.

Algumas piadas pareciam para um público muito específico, como a do merchandis­ing do filme dentro do próprio filme, uma brincadeir­a com os bilhões de produtos da franquia “Star Wars”.

As paródias não sumiram do filme, só caíram para um padrão abaixo da crítica com filmes como os quase escatológi­cos “Todo Mundo em Pânico” e “A Saga Molusco”, filmes que estão em “velocidade ridícula” atrás de “S.O.S.”

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