Mudança de executivos países latinos cresce em 2017
A transferência de executivos brasileiros para países da América Latina aumentou neste ano, segundo companhias de recrutamento.
Entre janeiro e julho de 2017, o número de profissionais enviados para ocupar cargos de diretoria cresceu 45,5% em relação a todo o ano passado, aponta a Exec. A consultoria realizou 32 operações do gênero neste ano.
O movimento de emigração já ocorria em 2016, mas tem se intensificado, de acordo com Ana Paula de Ros, sócia do Martinelli.
“As empresas enviam os profissionais para treiná-los ou para, durante a crise, manter os executivos capacitados dentro do grupo e evitar uma demissão. No setor de engenharia isso ocorreu muito.”
Em 2017, até agora, o escritório trabalhou em 25 expatriações —em todo o ano passado, foram cerca de 16.
Com a retração econômica na região, as empresas têm reduzido as equipes locais e feito do Brasil a base para gerir as operações vizinhas, segundo Carlos Eduardo Altona, sócio da Exec.
“Isso facilita a ascensão de executivos brasileiros nesses países”, afirma ele.
“A emigração poderia ser ainda maior se não houvesse um deficit de profissionais com espanhol fluente.”
A Argentina e o México são os destinos que mais têm atraído, avalia Leandro Muniz, diretor da Page Executive.
“O primeiro, pelo reaquecimento da economia, e o segundo, por ter uma maior dificuldade de encontrar executivos capacitados”, diz.