Cobertura acorda para Lula 2018 (e para Bolsonaro)
Com enunciados como “Lula busca conforto nos banhos de multidão” e “Lula em missão de reconquista no Nordeste”, em revistas como “L’Express” e “Le Point”, a cobertura francesa acompanha a caravana de Lula dia a dia.
São despachos da AFP, da RFI (Rádio França Internacional) e de veículos de esquerda como “Libération”. Este, sob o título “Uma condenação, e Lula volta à campa- nha”, destaca sua “resiliência extraordinária”. Sites como Euronews, “pan-europeu”, também acompanham.
Paralelamente, também na França e pela Europa, sob títulos como “Extrema-direita define rota para eleição presidencial”, cresce a cobertura de Jair Bolsonaro. “Feroz misógino e homofóbico”, ele tem por bandeira “reprimir a corrupção e a violência”.
Nos EUA, a esquerdista “The Nation” se pergunta se seu discurso de extrema-direita e “contra imigração” será beneficiado pelo crescente voto dos evangélicos, reproduzindo “a experiência americana com Trump”.
Ex-Brasil No site da Al Jazeera, análise questiona se o “Brasil não é mais seguro para refugiados e imigrantes”. Dá como exemplos a manifestação de maio na avenida Paulista, contra a lei de imigração, que terminou com “um refugiado palestino severamente espancado pelos fascistas”; e o ataque ao sírio Mohamed Ali, advogado que sobrevive vendendo comida árabe no Rio.
Espiral Na rede pública alemã de TV, ADR, “Wild West no Sul: roubo de terras no Brasil”. Relata a “espiral de violência” entre os guarani-kaiowás e os “grandes donos de terra” no Mato Grosso do Sul.
Não precisa mais A saída ruidosa do estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon, teve até anúncio do projeto de um novo canal por ele, à direita da Fox News. Mas o “New York Times”, em reportagem e artigo, já dizia no domingo que “Bannon é superestimado” e “a realidade é que Trump não precisa mais dele”.
Mas a guerra continua A queda de Bannon, maior proponente da “guerra econômica” contra a China, é só “alívio temporário”, diz o “Financial Times”. Na mesma sexta, Washington lançou investigação formal de “furto de propriedade intelectual” por Pequim.