Aparelhos ainda estão em fase de aprovação
DO “NEW YORK TIMES”
O mercado para produtos capazes de detectar problemas cardíacos é grande nos Estados Unidos. O governo estima que 610 mil pessoas morrem de insuficiência cardíaca a cada ano, a principal causa de óbitos no país, e metade dos pacientes que têm alta nos hospitais ainda retornam em seis meses.
As pessoas acompanham o seu estado de saúde pesando-se diariamente e buscando sinais que possam significar retenção de água no corpo —indicativo de que o coração não está funcionando da forma como deveria.
O Duo, estetoscópio digital de uso caseiro, pode ajudar no diagnóstico e foi aprovado em maio pela FDA (Food and Drug Administration), a agência americana de fiscalização e regulamentação de alimentos e remédios.
Nos dois próximos anos, a companhia participará de dois estudos conduzidos pela Universidade da Califórnia.
“Se você comparar a Eko com a Uber, por exemplo, verá que estamos avançando com muita lentidão”, diz Bellet. “Mas, se nos comparar ao setor de saúde em geral, estamos nos saindo bem.”
Há outras doenças que podem ser monitoradas com tecnologias parecidas. Charvi Shetty, que estudou com Landgraf em Berkeley, seguiu percurso parecido ao da Eko Devices. Seu projeto de graduação em bioengenharia era um aparelho para pacientes com asma.
Cinco anos depois, ela é presidente da Knox Medical Diagnostics, start-up que desenvolveu um dispositivo para que crianças asmáticas possam monitorar a saúde em casa e enviar resultados aos médicos por aplicativo.
O produto está sendo testado pela Universidade da Califórnia, que ajuda no desenvolvimento e na captação de recursos. O aparelho é um espirômetro portátil que mede obstruções e inflamações nos pulmões e alerta os pais antes de um ataque de asma.
Mais de 8% das crianças dos Estados Unidos têm asma, de acordo com estatísticas do governo, o que representa um quarto dos pacientes do país com a doença. Um estudo constatou em 2010 que elas respondem por um um terço das internações hospitalares anuais por asma.
Depois de testar o aparelho, Shetty adicionou um jogo de videogame ao aplicativo para encorajar os pequenos a usá-lo.
“Com o app, algumas crianças conseguem entender a situação da saúde melhor do que os adultos”, completa.
Em novembro, o Aeris estará disponível nos EUA, para fins de pesquisa, por US$ 99 acrescidos da taxa mensal de US$ 10. Há intenção de buscar aprovação da FDA ao aparelho ainda este ano.