Plataforma on-line acelera denúncia de casos de violência contra a mulher
No Piauí, Estado com alta taxa de estupro coletivo, aplicativo tem ainda a opção de botão do pânico
Proposta é que vítima, parentes, vizinhos ou mesmo desconhecidos denunciem em tempo real e de forma anônima
soube, por exemplo, que a região sudeste de Teresina é a líder dos casos de violência contra a mulher na capital (31% dos registros).
Segundo o promotor de Justiça Francisco de Jesus Lima, esse tipo de informação é essencial para a formulação de políticas públicas de amparo à mulher. “Muitas vezes, ela e os filhos dependem do agressor financeiramente.”
Desde o ano passado, Teresina e a região metropolitana também contam com um plantão policial de gênero, para mulheres e homossexuais vítimas de violência.
“O pior momento é quando a mulher vai à policia e revive tudo durante o depoimento. As vítimas de violência sexual têm que ter um tratamento especial. Além do trauma psicológico, precisam receber medicamentos que evitam a gravidez e combatem a possível infecção com doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.”
Segundo a delegada, a ideia do serviço surgiu quando um levantamento mostrou que a maior parte dos casos de agressões acontecia aos domingos à noite. “Acontece que a Delegacia da Mulher também era fechada aos sábados e domingos à noite. O agressor privilegiava um horário em que sabia que a polícia não ia atuar. Era um cenário vantajoso para eles.”
O plantão cobre todas as situações de flagrante. “É um lugar para a mulher ser acolhida com dignidade.”
A delegada Eugênia Villa, subsecretária de Segurança Pública do Estado do Piauí