Folha de S.Paulo

Novas regras para fintechs podem ampliar crédito em R$ 20 bihões

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Mudanças que o governo quer fazer nas regras de instituiçõ­es financeira­s, para que empresas de tecnologia ofereçam crédito, podem aumentar em R$ 20 bilhões o volume de empréstimo­s para pessoas físicas e jurídicas.

O Banco Central colocou em discussão na quarta (30) uma consulta para que pessoas físicas emprestem até R$ 50 mil a tomadores de recursos por intermédio de plataforma­s eletrônica­s.

A empresa que vai intermedia­r a transação não pode captar recursos para ela mesma e depois destiná-los a um terceiro, como faz um banco.

A estimativa de volume é da ABCD (associação de crédito digital). “Serão cerca de R$ 20 bilhões no estoque, depois de três anos de implementa­das essas novas regras”, diz Rafael Pereira, presidente da entidade.

A baixa Selic (taxa básica de juros) fará com que pessoA R$ 50 mil limite que as pessoas físicas poderão emprestar R$ 1 milhão deve ser o capital social mínimo as físicas procurem alternativ­as rentáveis, e essa deve ser uma delas, afirma.

A ideia de permitir esse mecanismo de empréstimo é “preencher lacunas no sistema financeiro”, afirma Otávio Ribeiro Damaso, diretor de regulação do Banco Central.

O órgão espera que mais fintechs passem a atuar, diz.

As que existem hoje precisam pagar a alguma instituiçã­o financeira para poder operar como correspond­entes. Esse é o principal custo das empresas do segmento.

“A maneira como elas fazem esse negócio hoje é por captura de um recibo de depósito que vai financiar uma cédula de crédito bancário na outra ponta”, afirma Luis Ruivo, sócio da PwC.

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Carlos Parizotto, da butique de fusões e aquisições

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