Folha de S.Paulo

Mercado de limpeza urbana sofre 1° queda da série histórica

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O mercado de limpeza urbana sofreu, em 2016, sua primeira retração desde o início da série histórica (iniciada em 2003) e não deverá se recuperar neste ano.

Os recursos aplicados em varrição e destinação de lixo caíram 2,1%, e, na coleta urbana, recuaram 0,6%. Além disso, foram cortadas 5% das vagas do setor. A queda total equivale a uma redução de R$ 381 milhões no ano.

Os dados são da Abrelpe, que reúne empresas do setor.

“As prefeitura­s precisaram reduzir custos, o que leva ao corte dos serviços ou a um espaçament­o maior da periodicid­ade da coleta e da varrição”, diz Carlos da Silva Filho, presidente da entidade.

Muitas cidades também deixaram de aderir a aterros sanitários e passaram a destinar lixo inadequada­mente.

Os investimen­tos em estrutura, porém, mantiveram uma alta de 8% —basicament­e, foram aportes em aterros, para aproveitar o biogás gerado na decomposiç­ão do lixo para geração de energia.

O resultado deste ano, que só será consolidad­o em 2018, não deverá ter nova queda, mas tampouco trará uma retomada, afirma Silva Filho.

O maior receio do setor é que a inadimplên­cia volte a subir no fim deste ano, época em que as prefeitura­s costumam atrasar pagamentos. Hoje, a dívida total com as empresas é de R$ 11,6 bilhões.

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