Folha de S.Paulo

Seleção de Tite expõe ano de plena tranquilid­ade

Técnico escala mesmo time da estreia em 2016 após período de estabilida­de

- LUIZ COSENZO

Com classifica­ção para a Copa garantida, Brasil encara o Equador pelas eliminatór­ias nesta quinta (31), às 21h45

Há exatamente um ano, a seleção brasileira estava em sexto nas eliminatór­ias sulamerica­nas da Copa de 2018, fora da zona de classifica­ção para o Mundial, e, com um jejum de 33 anos sem vencer na altitude de 2.850 m de Quito, enfrentava o líder Equador.

Foi a estreia do técnico Tite no comando da equipe, tendo como missão imediata recuperar a autoestima e classifica­r o país para a Copa.

Nesta quinta, às 21h45, na Arena do Grêmio, os dois times voltam a se enfrentar em situação totalmente inversa.

Agora são os equatorian­os que estão na sexta posição, enquanto o Brasil conseguiu oito vitórias consecutiv­as e garantiu de forma antecipada sua vaga no Mundial.

Uma coisa porém deverá ser exatamente igual: a escalação da seleção brasileira.

Tite planeja colocar em campo os mesmos atletas que começaram jogando aquela partida, vencida pela seleção brasileira por 3 a 0. Um sinal dos tempos de estabilida­de que a seleção vive desde a chegada do treinador.

Com Dunga, antecessor de Tite, por exemplo, a seleção vivia tempos muito mais conturbado­s. Um ano depois de sua primeira partida no comando da equipe nacional —amistoso contra a Colômbia, em setembro de 2014—, o treinador já havia mudado sete peças do time titular.

Neste um ano de seleção, Tite fez apenas uma modificaçã­o na formação titular por sua opção. Após dois jogos, trocou Willian, que não atravessav­a bom momento, por Philippe Coutinho. Nesta quinta, porém, o jogador do Chelsea retoma a vaga.

Outros jogadores até foram testados na equipe principal, mas apenas devido a suspensões ou contusões.

A formação tática também mudou pouco. Tite desde o início implantou o seu esquema predileto, o 4-1-4-1, variando às vezes para o 4-2-3-1.

Dunga alterava mais a formação do time, fazendo mudanças no desenho tático do meio de campo e do ataque.

“Começamos a fazer algumas mudanças, mas sem loucuras ou transforma­r a engrenagem para não perdermos a organizaçã­o”, afirmou Tite.

Mesmo em comparação com a última escalação de Dunga nas eliminatór­ias as mudanças não são tão drásticas. Cinco dos 11 prováveis titulares em Porto Alegre também começaram jogando aquela partida contra o Paraguai, em março de 2016.

Ficaram como “herança” de Dunga para Tite: o goleiro Alisson, o lateral direito Da- niel Alves, o zagueiro Miranda e os meio-campistas Renato Augusto e Willian.

O número poderia ser maior se fosse contabiliz­ado Neymar, que era titular da seleção mas estava suspenso diante dos paraguaios.

As principais mudanças promovidas por Tite foram as entradas dos volantes Casemiro e Paulinho e do atacante Gabriel Jesus, que nunca haviam sido convocados por Dunga para as eliminatór­ias. Também ganharam a titularida­de, o zagueiro Marquinhos, reserva contra o Paraguai, e o lateral Marcelo, preterido pelo treinador. Paulinho Philippe Coutinho Alisson Miranda Marquinhos Daniel Alves Neymar Gabriel Jesus Fernandinh­o Marcelo Willian Filipe Luís Casemiro Thiago Silva Firmino Giuliano Fagner Rafinha Diego Souza Weverton Gil NA TV Brasil x Equador Globo e SporTV Rodrigo Caio Diego Alves Alex Sandro David Luiz Douglas Costa Taison Lucas Lima Jemerson Rodriguinh­o Meia-atacante Meia-atacante Meio-campista Jogadores convocados e não utilizados > Rafael Carioca (volante) > Marcelo Grohe (goleiro) > Alex Muralha (goleiro) > Geromel (zagueiro) > Ederson (goleiro) > Gabriel (atacante) TERÇA-FEIRA (5)

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Nelson Almeida - 29.ago.2017/AFP O técnico Tite comanda treino da seleção em Porto Alegre

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