Só 6% dos cursos avaliados têm desempenho máximo no Enade
Prova de 2016 teve 27% de estudantes com notas abaixo da média
Apenas 6% dos cursos avaliados pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) de 2016 obtiveram nota máxima. O exame, que mede o desempenho de estudantes que estão concluindo a graduação, avaliou as áreas de saúde, segurança, ambiente e ciências agrárias. Participaram do exame 195 mil estudantes, de 997 instituições.
Os cursos são avaliados com notas de um a cinco —e medem apenas o desempenho dos estudantes, sendo usadas para a composição de outros indicadores, que, por sua vez, podem ser utilizados como medição da qualidade do curso pelo ministério.
Em 2015, mais de 10% dos cursos superiores avaliados tiveram notas insatisfatórias.
No ano passado, foram avaliados os cursos de medicina, biomedicina, agronomia, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, medicina veterinária, zootecnia e cursos técnicos de estética e cosmetologia, agronegócio, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.
Destes, 40% ficaram com conceito mediano (ou três), e 27% com conceitos abaixo da média (um e dois). Além disso, 25% dos estudantes avaliados tiveram desempenho superior à média, com nota quatro, e apenas 6% obtiveram o maior conceito.
Segundo a diretora de avaliação da educação superior do Inep, Mariângela Abrão, porém, os dados não permitem dizer que as instituições com notas abaixo da média são ruins. “Isso é uma avaliação comparativa. Significa que entre os cursos avaliados, os estudantes tiveram desempenho pior do que as outras.”