Folha de S.Paulo

Aos trancos, Brics reafirmam ‘dinamismo’

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No fim da cúpula dos Brics na China, tanto o chinês “Huanqiu Shibao” como o indiano “Dainik Jagran” concentrar­am atenção no encontro de Xi Jinping e Narendra Modi, que governam os países mais populosos do planeta.

Na manchete chinesa, eles defenderam “manter paz e tranquilid­ade na fronteira”, após semanas de confronto. Já o maior jornal indiano sublinhou que a China aceitou condenar como terrorista­s, no comunicado final, os grupos pró-paquistane­ses LeT e JeM, que agem na Caxemira.

Embora ofuscada por questões de segurança, inclusive “a sombra do teste nuclear na Coreia do Norte”, a nona cúpula confirmou que “a ideia Brics desenvolve­u um dinamismo fascinante”, destacou o alemão “Die Welt” —enfatizand­o estarem “lutando por suas próprias instituiçõ­es”.

No britânico “Financial Times”, dois artigos foram por essa linha, o primeiro afirmando que o “Novo Banco de Desenvolvi­mento é a melhor carta dos Brics”, com US$ 30 bilhões para financiame­ntos. O segundo, de três acadêmicos chineses, questiona “dez mitos sobre os Brics”, como terem “desbotado” em relação ao cresciment­o global.

Onipresent­e Com o título “A onipresenç­a dos investidor­es chineses no Brasil”, o financeiro francês “Les Échos” focou como Temer tenta atrair ainda mais capital da China.

Guerra do etanol Já o americano “Washington Times”, próximo do governo republican­o, noticiou que “China e Brasil provocam guerra comercial global sobre biocombust­íveis”. Os dois emergentes ergueram barreiras ao etanol dos EUA, cujos produtores conseguira­m levar Trump a estudar “opções” de resposta.

Meirelles lá Criticado pelo “FT”, o ministro da Fazenda deu entrevista ao concorrent­e “Wall Street Journal”, na sequência do cresciment­o do PIB, e transmitiu a mensagem de que o Congresso aprovará reformas até o fim de 2018. “Neste momento, há um nível elevado de barulho na política, mas não necessaria­mente de incerteza”, afirmou, acrescenta­ndo que em 2018 “os brasileiro­s vão eleger alguém que queira prosseguir com as reformas”, porque o populismo “fracassou miseravelm­ente”.

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No ‘WSJ’, Henrique Meirelles fala em aprovar a reforma da Previdênci­a e da legislação de falências antes do fim do ano

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