Metrô de SP tem todas as obras atrasadas
Há sete linhas em expansão; monotrilho da zona leste, por exemplo, opera com apenas duas estações desde 2014
Governo do Estado diz que crise econômica atrapalhou as metas e que busca interessados para operação privada
No momento em que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e os executivos do Metrô estiverem na zona sul na manhã desta quarta (6) na cerimônia de inauguração de três estações da linha 5-lilás, do outro lado da cidade, na zona leste, Fabrício Gonçalves, 28, verá um trem quase vazio do monotrilho passar em frente à sua loja.
A mesma cena se repete desde 2014. A composição percorre o trecho de apenas 2,6 km entre a Vila Prudente e o Oratório, as duas únicas estações inauguradas da linha 15-prata. “A obra vai ser ótima, mas só quando inaugurar toda ela, né?”, disse.
O monotrilho é apenas uma das sete obras de expansão do Metrô em curso —e todas estão com metas atrasadas. Além disso, todas essas linhas são ou deverão ter a operação privatizada por Alckmin.
Aberto há três anos, o monotrilho da zona leste operou por um ano apenas em fase de testes. A operação comercial com horário estendido, como funcionam as outras estações da rede metroviária, só veio em outubro do ano passado.
Em 2016, a linha transportou, em média, 14 mil pessoas nos dias úteis. Para se ter uma ideia, o volume de passageiros por dia no Metrô é de 3,7 milhões.
Entre outras falhas, o avanço do monotrilho foi atrapalhado por erros de projeto. Galerias subterrâneas de água, por exemplo, tiveram que ser deslocadas para que o solo suportasse as vigas que sustentam as estações.
O imprevisto atrasou e encareceu a obra. As outras oito estações da linha deverão Linha 5 Linha 5 Linha
Linha ‘isolada’ do Metrô inaugura três estações ainda em teste
PASSAGEIROS (TOTAL ANUAL), EM MILHARES Metrô** TAMANHO DA REDE, EM KM Metrô**