A condenação foi determinada pelo juiz Antonio Angrisani, titular da 27ª Vara Crimi-
A Justiça de São Paulo condenou o ajudante-geral Diego Ferreira de Novais, 27, a dois anos de prisão em regime fechado por crime contra a dignidade sexual. A pena se refere a um ataque cometido por Novais contra uma estudante universitária em um ônibus na avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região central de São Paulo, em 2013.
Essa é a mais dura condenação contra Novais desde que ele passou a ser apontado como o autor de uma série de crimes sexuais cometidos no transporte público paulistano. Ao menos 17 mulheres denunciaram o suspeito à polícia desde 2009.
O ajudante-geral já se encontra preso desde o último sábado (2), após ter esfregado o pênis em uma mulher em um ônibus na região da avenida Paulista. A Justiça determinou a prisão preventiva dele até a conclusão das investigações. SENTENÇA nal do Fórum da Barra Funda, em São Paulo, na segunda (4). Segundo depoimento da estudante, cuja identidade foi preservada em segredo de Justiça, Novais colocou a mão por dentro da saia dela e chegou a tocar em sua vagina.
O ataque foi registrado na noite de 13 de setembro, quando a vítima estava a caminho da faculdade. Houve tumulto entre os demais passageiros, que não permitiram que o acusado escapasse do ônibus.
Ele ficou preso por três meses. Em audiência, Novais confessou que colocou a mão dentro da saia da vítima e admitiu a possibilidade de ter tocado sua vagina.
“A mulher confirmou que o réu estava ao seu lado em um degrau abaixo. Teve certeza ser o réu o autor do toque em sua vagina, apesar da lotação, porque ele estava ao seu lado e assim que reagiu ele correu para os fundos do ônibus”, diz a sentença. RELATO “Ele se aproximou e enfiou a mão embaixo do meu vestido duas vezes. Fiquei em choque, demorei para me manifestar, mas fiz um escândalo. Liguei para a polícia, que orientou o motorista a parar o ônibus no local. Foi horrível. Ele tentava fugir pela porta de trás abrindo com as próprias mãos”, conta a vítimaà Folha. Ela pediu para não ser identificada.
Ela reclama do que considera ser morosidade da Justiça. “A decisão veio muito tarde. Essa falha da Justiça deu a possibilidade de ele cometer outros crimes durante esses quatro anos. Além de a culpa ser dele, a culpa é da Justiça. Quando fez aquilo, ele já