Folha de S.Paulo

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Dos EUA do que seus congêneres europeus, Festival de Toronto, que começa nesta quinta (7), serve de largada para os prêmios da Academia

- GUILHERME GENESTRETI

A corrida do Oscar tem sua largada de fato em Toronto.

Enquanto as grandes mostras europeias de cinema — Cannes, Berlim e Veneza— se espaçam ao longo do calendário para não canibaliza­rem a disputa por filmes, o festival canadense encontrou seu nicho em produções que apelam aos gostos da Academia.

Nos últimos anos, “La La Land”, “Spotlight” e “12 Anos de Escravidão” foram alguns dos títulos oscarizado­s que deram as caras no Canadá. A julgar pelo perfil dos títulos da edição deste ano, que começa na quinta (7), a disputa de 2018 já está rascunhada.

Histórias de superação, relatos humanistas, dramas históricos e obras calcadas em atores que se transforma­m assomam entre os mais de 300 títulos da programaçã­o.

Os atores Jake Gyllenhaal e Andrew Garfield protagoniz­am filmes com trama de superação. “Stronger” traz o primeiro no papel de um sujeito que perdeu as duas pernas no ataque terrorista à Maratona de Boston, em 2013. Já Garfield está em “Breathe”, sobre um homem que fica paralisado após contrair pólio.

Entre as interpreta­ções, Frances McDormand pode despontar como indicada a melhor atriz por sua performanc­e como a mãe justiceira de “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri”, e Gary Oldman por sua transforma­ção em Winston Churchill às vésperas da Segunda Guerra no longa “Darkest Hour”.

Três fatores explicam um pouco por que a mostra foi alçada a vitrine de Hollywood.

Em primeiro lugar, porque ocorre em setembro. Como a Academia premia os filmes lançados no ano anterior, os estúdios se ajustam para lançar seus candidatos ao Oscar na segundo semestre, para que o gás deles não “esfrie”.

Toronto também se aproveita da questão geográfica, já que está muito mais perto

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