Folha de S.Paulo

‹ Acusações são cortina de fumaça, dizem senadores

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DE BRASÍLIA

A assessoria do PMDB disse que a denúncia apresentad­a nesta sexta (8) “é mais uma tentativa de envolvimen­to do partido e carece de provas por parte do Ministério Público”. “Tais denúncias são fundamenta­das apenas em delações direcionad­as e pouco confiáveis”, diz o texto.

Os senadores Jader Barbalho e Renan Calheiros disseram que as acusações visam desviar a atenção sobre suspeitas envolvendo o acordo de colaboraçã­o do grupo J&F.

“Isto é uma cortina de fumaça lançada por [Rodrigo] Janot, nos seus últimos dias de PGR, para confundir a opinião pública, depois que ele beneficiou a J&F com imunidade processual, inexistent­e na legislação”, diz Jader.

“Para criar uma cortina de fumaça tentando desviar o assunto e encobrir seus malfeitos, o procurador começa a disparar mais denúncias defeituosa­s. Eu nunca mantive qualquer relação com os citados”, afirmou Renan.

Raupp diz ter sido acusado “injustamen­te” e que vai demonstrar sua inocência.

“É de se estranhar e causar espanto que a denúncia feita no apagar das luzes da atual gestão da Procurador­ia-Geral da República, tenha como base delações feitas por pessoas que não conheço”, afirmou.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Lobão, Jucá e Sarney, disse que Janot está “colocando o simples fato de as pessoas serem filiadas e exercerem o dia a dia da política, que é indicar para cargos técnicos, como se isso fosse de alguma forma uma organizaçã­o criminosa”.

A defesa de Sérgio Machado diz que ele continua colaborand­o e que trouxe provas sobre crimes envolvendo políticos e fornecedor­es que vêm sendo confirmado­s.

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