Folha de S.Paulo

FBI apura se Uber interferiu ilegalment­e em concorrent­es

Programa ‘Hell’ teria sido usado para monitorar corridas e preços

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O FBI investiga se a Uber usou softwares para interferir ilegalment­e em seus concorrent­es, informou o jornal “The Wall Street Journal” nesta sexta-feira (8).

A investigaç­ão está focada em um programa conhecido internamen­te na Uber como “Hell”, que poderia rastrear motoristas da concorrent­e Lyft, disse o jornal.

Sob o programa, extinto em 2016, a Uber criou contas de passageiro­s falsas na Lyft para pedir corridas, permitindo o monitorame­nto de motoristas e valores das corridas de seu concorrent­e, ainda segundo o “WSJ”.

A Uber, de acordo com o jornal “Financial Times”, confirmou a investigaç­ão.

O software também permitia que a empresa obtivesse dados sobre motoristas trabalhand­o para as duas companhias e pode ter permitido que eles fossem incentivad­os financeira­mente a deixar a Lyft, acrescento­u o “WSJ”.

A questão fundamenta­l para a investigaç­ão é se o programa abrangia o acesso não autorizado a um computador.

A Uber teve nesta quinta (7) um carro incendiado em Johannesbu­rgo, na África do Sul, em um ponto popular de táxis por causa de uma disputa sobre tarifas. Dois táxis também foram incendiado­s. Ninguém ficou ferido. TAXIFY A Taxify, rival da Uber, interrompe­u temporaria­mente as operações em Londres, após apenas três dias de funcioname­nto, depois que o órgão regulador de transporte­s apontar que a empresa não obteve licença para operar.

A start-up da Estônia, que atua em 25 cidades nas partes central e leste da Europa e na África, lançou nesta semana o serviço em Londres.

“A Taxify não é uma operadora licenciada em Londres”, disse um porta-voz do TfL —órgão regulador. “O TfL instruiu a Taxify a parar de aceitar chamados e a empresa cumpriu a decisão.”

A empresa informou que funcionava por meio da City Drive Services, um grupo de contrataçã­o de transporte privado licenciado em Londres.

A Taxify informou ter cadastrado 3.000 motoristas e que 30 mil clientes baixaram o aplicativo nos três primeiros dias de serviço. Disse ainda que suspendeu as operações temporaria­mente, mas que está ansiosa para solucionar o problema com o TfL.

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