Folha de S.Paulo

Com preço baixo, São Paulo na crise supera o público da ‘era soberana’

Clube tem terceira maior média de presença de torcedores no Campeonato Brasileiro de 2017

- GIANCARLO GIAMPIETRO

Preço médio cobrado por Corinthian­s e Palmeiras supera em 100% o do Morumbi, que é de R$ 26

O São Paulo que luta contra o rebaixamen­to leva mais público ao Morumbi do que aquele que buscava um inédito tricampeon­ato nacional na década passada.

Neste sábado (9), quando entrar em campo contra a Ponte Preta, às 19h, a equipe de Dorival Júnior vai olhar para a arquibanca­da do seu estádio e ver novamente uma multidão à espera.

Com 22 rodadas já disputadas, o penúltimo colocado do Campeonato Brasileiro tem média de 31.380 de pagantes, a terceira maior do torneio.

Em 2008, ano em que chegou ao tricampeon­ato com o técnico Muricy Ramalho, a ponto de se intitular “soberano”, a média foi de 21.333 pessoas em jogos em casa.

Desde que o torneio passou a ser disputado em pontos corridos, em 2003, a maior presença de público foi registrada em 2007, na sua melhor campanha no torneio, com 28.662 torcedores.

Recuperand­o todas as edições do campeonato desde 1971, a média da atual temporada da equipe tricolor é a terceira maior da história. Só perde para as campanhas do título de 1977, com média de 32.031, e do vice-campeonato em 1981, quando o time levou por jogo 41.179 pessoas.

No Brasileiro-2017, o São Paulo está atrás apenas dos rivais Corinthian­s e Palmeiras, respectiva­mente o líder e o quarto colocado. A média do campeonato é de 15.919.

O preço médio do ingressos dos rivais paulistas supera em 100% os do Morumbi, que é de R$ 26. Com estádios novos, eles cobram R$ 55 na Arena Corinthian­s e R$ 60 no Allianz Parque.

O ingresso vendido pelo São Paulo não é só mais barato que o dos rivais. Parece uma pechincha até mesmo em comparação com os preços praticados pelo clube na ocasião de seu último título nacional, há nove anos.

Em valores ajustados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), o preço médio em 2013. Nas arquibanca­das, as críticas cessaram.

O último protesto em massa registrado no Morumbi contra a diretoria aconteceu depois do empate com o Fluminense, em 25 de junho, quando o time ainda era dirigido por Rogério Ceni.

Comportame­nto bem diferente foi registrado em agosto do ano passado, quando integrante­s de torcidas organizada­s invadiram o centro de treinament­o da Barra Funda e agrediram jogadores.

Nesta temporada, o São Paulo chegou a treinar diante de milhares de torcedores. Em 26 de agosto, antes de duelo com o Palmeiras, 18 mil pessoas foram ao Morumbi, segundo estimativa da Polícia Militar, ver o trabalho dos jogadores de Dorival Júnior.

O apoio da véspera não teve muita influência no resultado do clássico no Allianz Parque, disputado com torcida única. Sem nenhum sãopaulino declarado na arquibanca­da, a equipe saiu à frente, mas tomou virada do Palmeiras por 4 a 2. NATV São Paulo xP onte Preta pay-per-view

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Miguel Schincario­l - 13.ago.2017/Folhapress Com o time em crise, torcedores do São Paulo praticamen­te lotam o Morumbi na partida contra o Cruzeiro, no dia 13 de agosto, válida pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro

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