Livro revisita os contornos sinuosos do art nouveau
Estilo é tema do 14º volume de série sobre arte e chega às bancas em 17/9
Estética criada no fim do século 19 se inspirou nas formas da natureza e teve expoentes como Gaudí, Mucha e Tiffany COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O estilo art nouveau, tema do o 14º volume da Coleção Folha O Mundo da Arte, que chega às bancas no próximo domingo (17), surgiu de um movimento importante nas artes decorativas, iniciado na Europa Ocidental em 1892.
As pessoas estavam cansadas de ver as mesmas formas e os mesmos métodos e de ter o design ditado por reinados.
O estilo das mobílias, por exemplo, imitava o que se via nos governos dos monarcas franceses ou nos períodos renascentista e gótico.
O nacionalismo também se tornou uma necessidade de expressão, e cada país tentava afirmar sua literatura e arte de forma independente.
O berço da mudança foi a Inglaterra, onde depois da Revolução Industrial surgiu o movimento Arts & Crafts.
A nova forma de arte então se espalhou por toda Europa e pelos Estados Unidos e recebeu diferentes nomes em cada país. No entanto, o mais importante — o seu propósito— se manteve o mesmo: a criação de uma nova estética inspirada na natureza e em suas formas. NOVA TENDÊNCIA Os franceses se apaixonaram pelo art nouveau e o movimento explodiu em Paris, em 1895. As brasseries e restaurantes se abriram para a nova tendência e os cabarés usavam cartazes feitos por artistas como Alfons Mucha para anunciar suas atrações.
Na Espanha, Antoni Gaudí permeou Barcelona com sua arquitetura repleta de contornos, vista em trabalhos como os da igreja Sagrada Família e do parque Güell.
Os americanos também contribuíram para as artes decorativas. Um de seus artistas mais produtivos foi Louis Comfort Tiffany, que reviveu a arte em vidro e produziu joias de prestígio para a empresa de seu pai, a Tiffany & Co.