Bancos aumentam custo para abrir a renegociação de dívidas de empresas
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A média das tarifas que os bancos cobram de empresas que têm dívidas e precisam renegociar os termos cresceu 90%, em valores nominais desde agosto 2015, apontam dados do Banco Central.
O valor médio hoje é de de R$ 1.552, contra R$ 818 em 2015 e R$ 1.138 em 2016.
Essa tarifa é geralmente cobrada de empresas que ficaram inadimplentes e precisam renegociar os termos, e não de pessoas jurídicas que forem quitar suas dívidas ou levá-las a outros bancos.
A coluna procurou Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para obter os valores efetivamente arrecadados, mas nenhuma instituição respondeu com os dados. O Bradesco não cobra essa taxa.
A política de tarifas varia muito de acordo com as empresas, segundo um executivo de banco. A alta tem como função sinalizar às empresas que estão próximas à inadimplência que há custo para neCarlos gociar novas condições, diz.
Para renegociar com um cliente é preciso enviar o documento ao departamento jurídico e não há garantia que a empresa vai pagar em dia mesmo depois do acerto, afirma Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper.
Há também uma tendência de as instituições arrecadarem mais com o conjunto de tarifas, diz Claudia Yoshinaga, vice-coordenadora do centro de finanças da Fundação Getulio Vargas.
“Elas passaram a ser relevantes, com a vantagem de não empatar capital como as concessões de empréstimos.”
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