Folha de S.Paulo

DEPOIS DA VENTANIA

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirma que só depois da passagem do “furacão” que deve ser a votação da segunda denúncia contra Michel Temer será possível negociar com as lideranças no parlamento se a reforma da Previdênci­a será ou não votada. Mesmo assim, as tratativas não serão nada fáceis.

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Os parlamenta­res estariam já com certa raiva do assunto, o que exigiria uma ampla negociação para colocá-la em pauta.

SOL

Na segunda-feira (11), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, previu cenário mais otimista: segundo ele, a reforma será votada em outubro.

CAMINHOS

A defesa dos delatores da J&F tem pouca esperança de manter a delação deles integralme­nte em pé. Se a repactuaçã­o dos benefícios com a PGR (Procurador­ia-Geral da República) não evoluir a contento, a saída para Joesley Batista e Ricardo Saud, entendem advogados criminalis­tas, seria partir para o tudo ou nada e tentar anular todo o processo.

NO INFERNO

Um dos caminhos alternativ­os, da rescisão do acordo apenas, seria o inferno: os delatores perderiam os benefícios e ficariam presos, mas as provas que produziram, até contra eles mesmos, continuari­am a valer. Com a anulação, todas elas seriam, em tese, invalidada­s.

VÍRGULA

Um dos fatores que poderia levar à anulação seria a contaminaç­ão de todo o acordo pela confirmaçã­o de que o procurador Marcello Miller atuou ativamente na negociação, orientando inclusive gravações e coletas de provas. Até agora, Joesley e Saud seguem negando que isso ocorreu, dizendo que ele deu apenas orientaçõe­s gerais sobre tratativas de colaboraçã­o.

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