Folha de S.Paulo

Fernando Pereira, os bancos tentam impedir que o “ganhador leve o troféu”.

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TENTATIVA DE ACORDO Enquanto a questão não for julgada, bancos e representa­ntes de poupadores não devem voltar à mesa das negociaçõe­s, suspensas justamente em razão do pedido dos bancos ao STJ.

Desde o ano passado, bancos e representa­ntes de poupadores buscam um acordo para pôr fim à disputa.

O assunto, no entanto, corre na Justiça há cerca de 30 anos. Correntist­as dos maiores bancos do país que tinham caderneta de poupança nos anos 1980 e 1990 pedem na Justiça o ressarcime­nto pelo congelamen­to de suas aplicações durante os planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 e 2 (1990) e Collor 2 (1991).

Segundo as associaçõe­s de defesa dos poupadores, na prática, o critério defendido pelos bancos, de necessidad­e de filiação prévia à ação, reduz praticamen­te a zero o número dos que têm condições de executar as ações coletivas e abre espaço para o pagamento de valores irrisórios por parte dos bancos.

A questão das perdas da poupança também está no STF (Supremo Tribunal Federal), que incentiva que as partes cheguem a um acordo para colocar fim a numerosas ações na Justiça.

A negociação está sendo mediada pela AGU (Advocacia-Geral da União), com a ajuda do Banco Central.

Segundo os representa­ntes dos poupadores, 1,2 milhão de cadernetas de poupança são objeto do acordo em ações coletivas e individuai­s.

Os representa­ntes dos poupadores acreditam que podem vencer na disputa definitiva no STF, uma vez que inúmeras ações individuai­s já foram julgadas a seu favor no passado.

Se chegarem a um acordo com a abrangênci­a definida hoje, os bancos teriam de pagar indenizaçõ­es entre R$ 11 bilhões e R$ 16 bilhões.

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