Do BNDES e o presidente do conselho, embora de modo informal.
Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, disse que os Batista romperam um “pacto informal” para a saída de Wesley Batista da presidência da JBS. “Não cumpriram e, por isso, a empresa está acéfala.”
Rabello de Castro afirmou que, assim que assumiu o comando do banco, em junho, acertou com Tarek Farahat, presidente do conselho de administração da JBS, que os bancos públicos apoiariam a renegociação da dívida e a empresa contrataria consultoria para encontrar um novo presidente-executivo. Segundo ele, o setor público fez sua parte, mas a família não.
Castro também disse que o BNDES, que tem 21% da JBS, vem conversando com a AGU (Advocacia-Geral da União) e com a Justiça, para explicar que o fim do acordo de colaboração premiada de Joesley não deve afetar a empresa.
“A punição exemplar aos CPFs não pode se confundir com os CNPJ. A participação dos Batista na JBS é 41% . Se agiam como donos antes, passaram a conhecer sua verdadeira condição de sócios.” O que foi pactuado entre o sr. e o presidente do conselho?
Depois de manifestar solidariedade aos funcionários, minha primeira medida quando assumi o BNDES foi chamar o presidente do conselho da JBS. Ninguém nunca soube disso, mas agora estou esclarecendo. Pactuamos o seguinte: de um lado, eles teriam um tempo, embora curto, para renegociar a dívida com os bancos. Mais ou menos um mês depois dos nossos primeiros encontros, a empresa fechou um acordo favorável para o seu equilíbrio com os bancos.
Trabalhei em completa sintonia com Paulo Caffarelli, presidente do BB, que sentava como credor, e com Gilberto Occhi, presidente da Caixa. BNDES e Caixa são sócios, o BB é credor. Ou seja, o setor público agiu de forma republicana num ambiente que poderia se supor uma “vendeta”. Assessores da JBS dizem que o governo Temer está se vingando dos Batista, por causa das acusações feitas por Joesley.
É o contrário. Paguei um preço alto por fazer uma defesa da boa conduta negocial histórica do grupo. Segurei a barra dizendo que essa é uma empresa dos brasileiros, de todos nós, inclusive os Batista.