O agronegócio deve crescer sem ocupar novas áreas, de acordo com
Ameaças contra a preservação ambiental e denúncias de corrupção ligadas a empresas do agronegócio estão entre os fatores que mais prejudicam a imagem do setor no exterior, o que pode afastar investimentos e impedir a abertura de novos mercados.
Esse foi o diagnóstico feito pelos integrantes da mesa “A imagem do agronegócio brasileiro no exterior”, no seminário Agronegócio Sustentável.
Embora tenha havido concordância no desenho do problema, os debatedores deram ênfases diferentes a respeito de quais as estratégias necessárias.
Para a ex-ministra do Meio Ambiente (2010-2016) e bióloga do Ibama Izabella Teixeira, o desmatamento precisa de investigação e punição. “Deveria haver uma Lava Jato só para o desmatamento da Amazônia”, afirmou.
A repressão, segundo a ex-ministra de Dilma e Lula, deve ser combinada com a criação de alternativas de desenvolvimento sustentável para os produtores rurais.
Sobretudo para os menores, afirmou a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). A ex-ministra da Agricultura (2015-2016) lembrou que a pesquisa brasileira, protagonizada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), é das mais avançadas no mundo.
“Mas essa tecnologia que permite produzir mais alimento por pedaço de chão não está disponível para os pequenos produtores de todas as partes do país”, disse.
Para ela, o desmatamento é reflexo da falta de acesso a novas técnicas. “Enquanto uma árvore deitada valer mais do que uma árvore de pé, não há quem pare o desmatamento.” EXPANSÃO SUSTENTÁVEL