Folha de S.Paulo

Público da Cidade do Rock prefere roda-gigante a rap luso

- AMANDA NOGUEIRA THALES DE MENEZES LUCAS VETTORAZZO DO RIO

O copo plástico do Itaú é uma das lembranças mais disputadas do festival. E não porque seja bonito ou algo do tipo. É porque comprar copo é raro. Ninguém sabe dizer ao certo onde retirar o brinde. A dica é ficar de olho para encontrar promotores do banco que distribuem esporadica­mente a lembrança. Entre a série de atrações na Cidade do Rock além dos shows, os estandes das marcas parceiras do evento são muito disputados. As filas eram grandes neste domingo (17) em frente aos quiosques da Niely e Maybeline. Meninas chegam a sentar em grupos no chão para aguardar sua vez. Antes do início dos shows, uma grande quantidade de pessoas assistia à performanc­e de um guitarrist­a sem braços no estande do Itaú. Ele fazia solos e riff de guitarra usando os pés.

Depois das 14h, quando os portões da Cidade do Rock são abertos, as duas horas seguintes registram o maior período de dispersão do público. A prioridade para quem vem pela primeira vez é andar e ver tudo. E há muito a ver.

Quem tem espírito de Disneylând­ia já engrossa as filas da roda-gigante ou da montanha-russa. Às 15h do domingo (17), havia mais pessoas nessas filas do que interessad­os no show de rappers portuguese­s no palco Sunset.

Aliás, o hip-hop luso, com uma plateia de pouco mais de 200 pessoas, perdia em público para o diminuto palco da Rock District, área temática que fica na parte mais distante dos portões do local.

Lá, no mesmo horário, o público foi surpreendi­do por um show de covers de rock do ator e cantor André Frateschi. Nada novato, ele está no auge da popularida­de agora, depois de ganhar o programa “PopStar” (Globo). Perto dali, DJs e youtubbers em minipalcos patrocinad­os por empresas também atraíam fãs.

Na área destinada aos games, a Game XP, o público encontra um lugar climatizad­o para fugir do calor.

Esse é um trunfo também da Gourmet Square, o espaço gastronômi­co para 500 pessoas em que o ar-condiciona­do é tão ou mais valioso do que osas guloseimas.

Há fliperamas que agradam aos mais velhos, além de estandes com os lançamento­s de jogos de última geração, como os que usam óculos de realidade virtual.

Quatro jogadores podem se enfrentar em partidas de futebol ou jogo de corrida. Uma grande tela no alto da arena transmite as partidas. Num outro ponto, o público se enfrenta em jogos de batalha, como o “Leagues of Legend”, adorado por jovens.

Alexandre Omi, 50, veio assistir ao show de Nile Rodgers & The Chic, mas seu filho, Fernando, 5, deixou claro que estava na Cidade do rock só por causa dos games. A arena era predominan­temente povoada por pais e filhos.

Pedro Botelho, 10, tirava uma foto antes de entrar na fila para o lounge da NBA, o mais lotado na tarde de domingo. “Basquete é o jogo de que eu mais gosto”, diz ele, que saiu de Niterói com a mãe, Larissa, e a tia, Lorena, para conhecer o festival.

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Rodrigo Chadi/FotoArena/Agência O Globo Público enfrenta longas filas para passeio em roda-gigante

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