Folha de S.Paulo

Após infestação de baratas, Palácio do Planalto tem reforço na dedetizaçã­o

Insetos saíram de suportes de energia elétrica que ficam perto da galeria dos presidente­s

- GUSTAVO URIBE

A denúncia apresentad­a pela PGR (Procurador­ia-Geral da República) contra o presidente Michel Temer não é a única coisa que tem causado apreensão no Planalto.

Além de políticos e empresário­s, passaram a circular visitantes indesejáve­is na entrada da sede administra­tiva.

Na semana passada, baratas foram vistas saindo de suportes de energia elétrica próximos à galeria de retratos dos presidente­s brasileiro­s, no andar térreo.

No último dia 13, meia dúzia delas disparou da estrutura no chão quando uma servidora da limpeza espirrou inseticida. A debandada das baratas pegou de surpresa quem estava por perto, assustou uma funcionári­a pública e fez com que um dos insetos subisse no repórter da Folha.

Na quarta (20), uma semana depois do ocorrido, as baratas tiveram menos sorte: quatro delas jaziam de barriga para cima no suporte.

A explicação para o infortúnio foi dada pela secretaria de administra­ção do Planalto. Na terça-feira (19), foi realizado um reforço na dedetizaçã­o no andar térreo.

“Nas áreas em que eventu- almente ocorram o surgimento de insetos, a empresa responsáve­l efetua a reaplicaçã­o do inseticida”, disse.

Segundo a secretaria, o reforço no andar térreo já estava programado anteriorme­nte. As dedetizaçõ­es no Planalto são realizadas trimestral­mente de forma geral, com reforços “quando necessário”.

Não é a primeira vez que a sede do Poder Executivo é invadida por pragas urbanas.

Em 2005, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ratos, baratas e formigas entraram no Planalto após dedetizaçã­o na área externa.

Em 2011, no governo Dilma Rousseff, foi a vez do Ministério das Cidades enfrentar problemas com baratas.

Em um despacho interno, um assessor especial do então ministro Mário Negromonte solicitou uma dedetizaçã­o urgente. Segundo ele, os insetos passeavam de maneira “tranquila” e “impune” por objetos e pessoas.

A presença de baratas chamou a atenção do ministro, que vinha “dividindo com elas, diuturna, democrátic­a e insalubrem­ente, o ambiente”.

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