Folha de S.Paulo

Furacão Maria deixa internet no Brasil lenta

Provedora com estações em Porto Rico reduziu operação por causa do vento e da chuva

- RAPHAEL HERNANDES

A passagem do furacão Maria por Porto Rico afetou as telecomuni­cações brasileira­s durante a manhã e tarde desta quinta-feira (21), deixando a conexão de internet lenta ao passar por outros países –no acesso a um site do exterior, por exemplo.

A Folha teve acesso a uma resposta enviada pela TI Sparkle a profission­ais da tecnologia da informação.

A empresa, provedora de internet que trabalha com sistemas que fazem a comunicaçã­o do Brasil com o exterior, informou que o furacão fez com que as estações de trabalho em Porto Rico precisasse­m ter sua operação reduzida –o que afeta o tráfego de informação internacio­nal em direção ao Brasil.

Profission­ais da área tam- bém relataram problemas semelhante­s com outras operadoras, mas em nível menor.

Em nota, a Tim, que faz parte do mesmo grupo de empresas da TI Sparkle, confirmou a instabilid­ade.

“A Tim informa que ao longo do dia alguns clientes podem ter percebido instabilid­ade no acesso à internet devido ao impacto no provedor internacio­nal, decorrente de falhas geradas pela sequência de furacões que atingiu a região do Caribe”.

Segundo a empresa, o tráfego está normalizad­o. Também em nota, Claro, Oi e Telefônica informam que seus serviços não foram afetados.

Nesta quarta, o Maria se tornou um dos furacões mais potentes a tocar o solo de Porto Rico. O fenômeno chegou à ilha na categoria 4 (em uma escala que vai até 5) e provocou ao menos uma morte.

A prioridade das autoridade­s locais é normalizar o fornecimen­to de energia, que atinge 3,4 milhões de pessoas. Algumas áreas, segundo o governo, podem ficar sem abastecime­nto por meses.

Antes de chegar à ilha, Maria já havia devastado Dominica, onde deixou 15 mortos.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil