Cemig pede mais tempo antes de leilão
DE BRASÍLIA
O governo pretende ampliar para até R$ 14 bilhões o valor que deve ser liberado no Orçamento no fim deste mês, em um esforço para desbloquear investimentos e custeio de serviços sociais.
Estão na fila de prioridades as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e os ministérios da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social.
O Planejamento vai anunciar os valores liberados nesta sexta-feira (22), na revisão bimestral do Orçamento.
A previsão inicial da equipe econômica era de que seria possível descongelar R$ 10 bilhões, mas o governo conseguiu reverter entraves que criavam dúvidas sobre parte das receitas estimadas para este ano. Assim, a expectativa é liberar de R$ 12 bilhões a R$ 14 bilhões.
Para fechar a conta, o governo poderá incluir a receita da concessão de quatro usinas da Cemig, assegurados após o Superior Tribunal de Justiça derrubar uma liminar que impedia o leilão marcado para a próxima semana.
A estatal mineira de energia ainda negocia com a Uni-
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A Cemig quer mais tempo para negociar com o governo a manutenção de três usinas hidrelétricas que pertenciam à estatal mineira e devem ser leiloadas pela União na próxima quarta-feira (27).
A empresa pretende pedir ao governo federal de sete a dez dias para apresentar uma nova proposta pelas usinas, com garantia do Citibank.
O plano é atender à expectativa do Tesouro de arrecadar R$ 11 bilhões com o negócio.
A Cemig conta com a pressão sobre o governo dos políticos mineiros da base aliada de Michel Temer. Se não for atendida, não descarta recorrer ao STF —o que poderia levar ao adiamento ou à suspensão do leilão.