Folha de S.Paulo

Cemig pede mais tempo antes de leilão

- MARIANA CARNEIRO BRUNO BOGHOSSIAN

DE BRASÍLIA

O governo pretende ampliar para até R$ 14 bilhões o valor que deve ser liberado no Orçamento no fim deste mês, em um esforço para desbloquea­r investimen­tos e custeio de serviços sociais.

Estão na fila de prioridade­s as obras do PAC (Programa de Aceleração do Cresciment­o) e os ministério­s da Saúde, da Educação e do Desenvolvi­mento Social.

O Planejamen­to vai anunciar os valores liberados nesta sexta-feira (22), na revisão bimestral do Orçamento.

A previsão inicial da equipe econômica era de que seria possível descongela­r R$ 10 bilhões, mas o governo conseguiu reverter entraves que criavam dúvidas sobre parte das receitas estimadas para este ano. Assim, a expectativ­a é liberar de R$ 12 bilhões a R$ 14 bilhões.

Para fechar a conta, o governo poderá incluir a receita da concessão de quatro usinas da Cemig, assegurado­s após o Superior Tribunal de Justiça derrubar uma liminar que impedia o leilão marcado para a próxima semana.

A estatal mineira de energia ainda negocia com a Uni-

DE BRASÍLIA

A Cemig quer mais tempo para negociar com o governo a manutenção de três usinas hidrelétri­cas que pertenciam à estatal mineira e devem ser leiloadas pela União na próxima quarta-feira (27).

A empresa pretende pedir ao governo federal de sete a dez dias para apresentar uma nova proposta pelas usinas, com garantia do Citibank.

O plano é atender à expectativ­a do Tesouro de arrecadar R$ 11 bilhões com o negócio.

A Cemig conta com a pressão sobre o governo dos políticos mineiros da base aliada de Michel Temer. Se não for atendida, não descarta recorrer ao STF —o que poderia levar ao adiamento ou à suspensão do leilão.

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